quarta-feira, julho 05, 2006

 

Negligência médica


O gajo que coseu a cara do Ribéry de volta devia-se ter certificado que não tinha ficado nada cá fora.

Como, por exemplo, o cérebro.

terça-feira, julho 04, 2006

 

Sumo de laranja, bifes e croissants


Pois bem.

Despachámos os holandeses e despachámo-los bem. Despachámos os ingleses e despachámo-los bem. No Euro também foi assim, mas como se tratava do país organizador, o que significava no fundo a rentabilização do evento, não houve grande movimentação na opinião pública europeia. Julgavam que se ficava por ali e que voltávamos à nossa subserviência e pacatez. Que não lhes voltaríamos a pisar os calos.
Julgavam que a diminuta nação que já dominou o Mundo e que lhes demorou tanto tempo a açaimar voltaria à sua dormência pacífica.

Mas agora eis que continuamos a espernear. E isto custa muito a engolir aos poderes instituídos na Europa, habituados a tratar Portugal de forma paternalista e como um país ‘engraçado’, onde se come bem e se passam férias baratas, mas que não chateia muito e os deixa andar alegremente a disputar a hegemonia futebolística.
Daí que desde o jogo com a Holanda que se criou um movimento nos media europeus destinado a criar uma ideia instituída, uma espécie de realidade virtual onde os portugueses são tipos manhosos, desonestos e que apenas sabem ganhar de forma suja, sem fair-play. A forma de passar a mensagem é repetir até à exaustão a ideia (faz lembrar qualquer coisa, não? É assim que alguma imprensa e clubes em Portugal gostam de atacar o Glorioso), com o suporte de análises viciadas, parciais e distorcidas sobre os jogos que Portugal ganhou, branqueando atitudes absolutamente vergonhosas como as dos holandeses.
Depois dos holandeses e da imprensa/papel higiénico inglesa (o The Sun é uma espécie de pasquim ultra-liberal, detido por uma prostituta e onde só escrevem proxenetas e pervertidos), é agora a vez da imprensa francesa se juntar à festa. De acordo com os croissants, os franceses são todos uns anjinhos (o Patrick Vieira, então, é um absoluto menino de coro) e os portugueses são uns autênticos vilões, pérfidos biltres, que ganham jogos com recursos a estratagemas maquiavélicos, a truques, a simulações e a uma inacreditável sorte.

Mas se há uma coisa que nós, portugueses, não temos é papas na língua.
Por isso, from Portugal with love, directamente para o molho de proxenetas franceses que escrevem no France Soir, aqui vai:

Ide enterrar objectos de largo porte, como postes de electricidade ou barrotes de 10 metros, pelos vossos traseiros adentro. Ide. Aposto que gostais: afinal, sois franceses.

p.s.1 O Ricardo Carvalho é, muito provavelmente, o melhor defesa central do mundo (vá lá, ele e o John Terry);

p.s.2 Fica aqui a minha homenagem ao Ricardo. O homem, de facto, foi grande (agora digam que sou faccioso…). Dou-lhe tréguas até ele faltar ao respeito ao Benfica outra vez;

p.s.3 Vi os penalties em diferido. Desde 1988 que não consigo - sou absolutamente incapaz - de ver um jogo ser desempatado por grandes penalidades. Mas, na altura, perdoei ao Veloso;

p.s.4 Consta que o Miguel Sabugo Tavares telefonou ao Van Basten para se aconselhar sobre a melhor forma de se sentar com melões enfiados no cu. Parece que o Van Basten lhe respondeu que ‘é melhor ligeiramente de lado, e custa mais nas conferências de imprensa. Mas ao menos eu só tenho um, com cinco sinceramente não sei’.

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