sexta-feira, dezembro 03, 2004

 

Wanted

Quer-me parecer que sei quem é que não vai ver o jogo do FC Porco hoje...



 

Poluição Suína

Aparentemente o livro do Porco da Costa é tão mau tão mau que o seu lançamento foi considerado como poluição do meio ambiente (com a mesma moldura penal de lançamento de dejectos aos rios), pelo que a PJ o quer deter para que este se possa explicar. Não tem a ver com o Apito Dourado. O Porco da Costa nem nunca falou com um árbitro.

 

Traparvo

"Não sou treinador que, quando está a ganhar 3-0, quer ganhar por oito, como os adeptos. Na segunda-feira temos outro jogo muito importante... a SuperLiga e a Taça são provas longas e não podemos gastar energias quando estamos a vencer por 3-0", disse Trapattoni, depois do jogo de ontem, com o Beveren.

Sim, porque é preciso ganhar forças para jogar com o Estoril, esse outro colosso do futebol português.

Por mim, e perdoem-me a franqueza, pode enfiar os 3 golos no cu.


quinta-feira, dezembro 02, 2004

 

Défice de frescura

Filho de Peseiro: ‘Ó papá, porque é que eles te chamam tantos nomes?’

Peseiro: ‘Filho, tens de compreender que o papá é uma pessoa de personalidade forte, carácter vincado, o papá não é indiferente para ninguém, as pessoas ou me adoram ou me odeiam.’

FdP: ‘Foi por isso que o papá se tornou o 1º da turma da c+s de Coruche?’

P: ‘Sim filho, no fundo foi por isso, e tu sabes como as escolas em Coruche são exigentes, ainda me lembro da tabuada, deixa ver...2 vezes 1 é 2, 2 vezes 2......4, 2 vezes 3...hmmmm...ahhhhhh...é só somar...então...2 anões vezes 3 brancas de neve...temos o soneca, o dengoso...vai-me ali buscar a calculadora, está ali em cima da mesa ao lado dos gráficos de esforço do Pedro Barbosa e do Beto.’

 

O Papão

O Beveren, esse gigante belga, comeu 5-1 do Estugarda e 6-1 do poderosíssimo Dínamo Zagreb, que veio à Luz ver o Estádio e passear por Lisboa.
Afirmações de Trapattoni, à imprensa: ‘O Beveren não vai ser fácil. É uma equipa jovem, muito jovem, que jogará com entusiasmo, muito entusiasmo. É natural que assim seja, pois o adversário é famoso. Já avisei os meus jogadores disso mesmo. Até porque os meus jogadores também são jovens."
Trapattoni insiste que o Benfica "deve respeitar o adversário" e realça a velocidade com que o Beveren "sai para o contra-ataque".’
O jovem Trapattoni vai, inclusivamente, colocar Bruno Aguiar em campo com o propósito específico de lidar com um extremo-esquerdo poderosíssimo que o Beveren terá. Será o extremo-esquerdo que fez a vida negra ao Estugarda e ao D. Zagreb, e que impediu que estes chegassem aos 6-1 e 7-1? Ou o responsável pela 'velocidade com que o Beveren sai para o contra-ataque', e que lhes permitiu a fabulosa marca de 11 golos sofridos e 2 marcados?

Imagino que o jovem Trapattoni, que se deve ter esquecido dos tomates nalgum sítio por onde andou a passear, se borre de medo todos os dias de manhã. Acorda, levanta-se para ir à casa de banho, olha para o espelho e apanha um cagaço tridimensional: ‘AHHHH!!! Quem é este gajo??!! Leva tudo o que quiseres, mas não me faças mal!! E pára de me imitar!!’

Se não temos um discurso agressivo antes de um jogo contra um Beveren, quando é que teremos?? Quando jogarmos contra a Sociedade Filarmónica da Merdaleja? Quando é que se perde o medo de ser favorito? Quando é que se enfrenta um jogo de peito aberto? Quando é que se aceita o peso das camisolas do Benfica? Quando é que se tem coragem?

Há que ter estofo de vencedor para se criar uma mentalidade ganhadora. Não se vai longe a ter medo de tudo o que se mexa. E também não ajuda colocar sistematicamente o jumento do Paulo Almeida (essa absoluta não-entidade) a jogar, quando até a senhora que lava as escadas do meu prédio sabe que esse estropício não pode jogar à bola no Benfica.

Perdoem-me o desabafo. Estou farto.
Felizmente, a lagartagem voltou ao que sabe fazer melhor (perder), para dar um certo ar de normalidade à coisa.

 

O 1º da turma queria ser 1º do grupo

As coisas até lhe começaram a correr bem ao princípio, primeiro passou a ética e moral com uma nota razoavelmente boa, depois, mais tarde, conseguiu tirar nota máxima tanto a sociologia das ciências como a complementos de pseudo-psicologia aplicada, só que a seguir vieram as matemáticas...e o Peseiro não tem jeito para números (a não ser para o número do pateta desnorteado com propensão a tendências de auto-ridicularização).
De qualquer das formas eu não gostaria que este meu Post fosse mal interpretado, assim à primeira vista pode parecer que eu estou a tentar ridicularizar o Peseiro (desculpem a redundância) por ele num dia dizer que uma coisa utopicamente irrealizável se vai realizar, para depois no dia seguinte a coisa não se realizar de facto, mas não, a verdade é que o meu Post consiste apenas numa descrição metafórica de eventos desportivos relativos à campanha do Sporting na taça UEFA que só vêm comprovar que o Peseiro sabe de futebol. Na realidade, e agora vou dizer isto num tom mais sério, o Peseiro é sem dúvida o treinador com menos auto-confiança que eu já conheci ao longo da minha relativamente longa carreira de treinador de bancada, nunca vi ninguém com tão pouca confiança em si proprio. É verdade que o Peseiro é um mau treinador, isso é indiscutível, mas mesmo assim consegue ser melhor do que a ideia que ele tem de si próprio. Sente-se intrinsecamente nas palavras de Peseiro um total cepticismo no que diz respeito à conquista do que quer que seja por parte do Sporting (por mais irónico que isto possa parecer), e não é por ele achar que os seus jogadores são maus, não, o pior é que o Peseiro acha que os seus jogadores são bons demais para ele, só assim se compreende que o Peseiro diga as barbaridades que diz, à semelhança daqueles concorrentes do ídolos que não sabem cantar mas que afirmam convictos que opiniões são opiniões e que lhes espera uma carreira florescente no mundo da música, baseada em qualidade e não em quantidade, à semelhança de bandas como os Polo Norte e os Além Mar. Os lagartos até andaram por aí todos contentes a dizer que o Peseiro era uma pessoa humilde...cheia de humildade, mesmo depois de ele ter chegado ao Sporting a dizer que se achava óptimo, e que acreditava muito nas suas proprias capacidades, com uma cara que demonstrava tudo menos humildade (devo notar que o teor patético deste momento só conseguiu ser alcançado mais tarde por aquele momente inolvidável em que o Durão Barroso tentou imitar o Scolari em pleno parlamento europeu, lançando a famosa frase: “se calhar foi sorte!”), o que só vem provar que nem os lagartos o levam a sério, acham que ele é a brincar, tipo Castelo Branco, irritante mas um querido, no fundo um tipo 5 estrelas que gosta de andar por aí a gritar coisas em que nem ele próprio acredita, na tentativa que as pessoas vejam nele alguma auto-confiança, coisa que ele simplesmente não tem.

segunda-feira, novembro 29, 2004

 

And now for something completely different II - A Trongónia

Esta semana - e isto não tem nada a ver com a maneira como correu o fim-de-semana futebolístico (é apenas uma curiosa coincidência) - decidi, imbuído de um espírito de permanente renovação e dinamização do blog, alargar o âmbito deste à exploração do maravilhoso mundo animal e natural, numa aproximação à perspectiva ‘National Geographic’. A ideia é de algum modo atribuir ao blog uma carga pedagógica no sentido de que os leitores possam extrair daqui algum valor acrescentado (ou não).

Hoje iremos conhecer uma obscura nação da África Central: a Trongónia.
A Trongónia é um país (ou nação – aqui a doutrina diverge) de cerca de 2,5 milhões de habitantes, literalmente entalado entre o Burundi e o Malawi, ali como quem vem da Zâmbia. Nas palavras de um nativo, ‘sai-se do Burundi, vai-se sempre em frente cerca de 2 ou 3 Km, vira-se na segunda à direita e é a seguir à bomba de gasolina’. Apesar de oficialmente a população atingir os 2,5 milhões, em diversas visitas ao país, vários exploradores foram incapazes de encontrar mais de 15 pessoas, o que motivou o célebre artigo ‘Onde estão o raio dos trongoneses?’ publicado pelo famoso antropólogo Antrop Ólugu na revista ‘Cheap Science’. A correcta forma de denominar os habitantes da Trongónia foi, inclusivamente, objecto de acesa polémica a nível da Royal Geographical Society, com a facção de Sir Ars Hole a defender o uso de ‘trongónios’ e a facção de Sir Imb Ecile a defender o uso de ‘trongoneses’. A polémica desencadeou um apaixonado confronto, tendo sido distribuídas várias estaladas no refeitório do Sociedade, e inclusivamente caído ao chão uma taça de gelatina, um evento histórico que se passou a designar ‘A queda da taça de gelatina’.
Os trongoneses utilizam um sistema de governo rotativo, ou seja, o governo, nas horas de expediente, ocupa um carrossel. Desde a instituição da democracia, o governo já foi deposto cerca de 52.346 vezes, basicamente porque é bastante complicado manter o equilíbrio em cima do carrossel.
A Trongónia possui uma cultura rica, assente no culto do dedo grande do pé. Os chefes das tribos, que controlam a Trongónia rural (99,9999% do território), são escolhidos pela proeminência do dedo grande do pé direito (ou esquerdo, se tiver nascido às 14.30h de uma sexta-feira, enquanto esteja a tocar na rádio uma música dos Bee Gees). Os recém nascidos com uma evidente deficiência no dedo grande do pé são sacrificados à divindade que marca o culto religioso na Trongónia: ‘Toni’. Os sacrifícios consistem no visionamento da encenação do My Fair Lady através de mímica pelos anciãos da tribo (um recém nascido normalmente aguenta cerca de 10, 15 minutos).
Aos domingos, segundas, terças, quartas, quintas, sextas e sábados, a prática religiosa implica a ingestão de minis e tremoços ao som de música tradicional trongonesa (que consiste normalmente num conjunto de 4 trongoneses a imitar os Beatles com instrumentos virtuais). Os trongoneses são monogâmicos todas as sextas-feiras, das 15.30h às 15.35h, e o casamento é visto como uma instituição desnecessária (‘já temos a tortura e os sacrifícios’ aponta um trongonês).
Uma refeição típica trongonesa inclui um bitoque ou iscas, acompanhada da bebida alcoólica típica da Trongónia, uma exótica mistura de uvas fermentadas a que chamam de ‘vinho’.

Assim se conclui este episódico post de âmbito mais alargado e pedagógico. Não percam o próximo intitulado ‘A vida sexual dos bivalves, ali para os lados do Índico’, no site dos Alcoólicos Unânimes (ver secção de links deste blog).


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