sexta-feira, dezembro 17, 2004

 

Busto

Sinceramente, e sem querer faltar ao respeito à memória de jogador, parece-me totalmente despropositada e sem sentido a intenção de LFV de ter um busto de Feher em exposição no museu do Benfica.

É certo que Feher era um jogador com potencial e que morreu ao serviço do clube, mas não nos podemos esquecer que Feher era suplente numa equipa que nunca ganhou nada, e que apenas marcou meia dúzia de golos ao serviço do Benfica.

Desculpem-me, mas o “jogador” Feher não irá entrar para a história do Benfica. Quanto aos acontecimentos de Guimarães, a história é certamente outra, mas ai estamos a falar de uma outra história, bem mais negra.

Uma homenagem como esta só faz sentido fazer a alguém que tenha a ajudado o clube a ganhar títulos, a um líder incontestado, a um Eusébio, a um Humberto Coelho.

Qualquer dia estamos a fazer um busto do Rui Costa, que, para além de um campeonato ganho, num jogo decisivo em que nem sequer foi titular, a única coisa que faz é dizer que gosta muito do clube.

 

Irmãos

Em solidariedade para com os nossos fãs do feyenoord, o NdA vai passar a escrever posts em holandês.

"Sporting is de slechtste club in de wereld. Hun voorzitter is volledige krankzinnig en hun bus is absoluut belachelijk. Ik hoop zij failliet gaan en hun stadion explodeert."

Estamos com vocês!!



 

Confuso 2

E eu, por outro lado, desenvolvi um gosto súbito pelo Feyenoord.

 

Confuso

Assim não dá!! Eu até já tinha começado a gostar do CSKA...

 

Conversa

Amigo 1: Parece que eles ficaram muito contentes com o resultado do sorteio.

Amigo 2: Devem estar doidos! O Feyenoord devia ser das equipas mais difíceis que lhes podia calhar. Tem um plantel decente, um treinador jovem e ambicioso, para além de uma massa associativa entusiástica.

Amigo 1: Eles, os holandeses.

 

Não nos correu mal aquilo da Taça UEFA

Ainda bem que o Belenenses não estava no sorteio.

 

Impublicável

Hoje na Bola, lê-se que a maior parte das críticas que Edmundo dirigiu a Roger são impublicáveis.


Eu próprio cheguei à conclusão que a maior parte das minhas críticas a Veiga, LFV e a Trapattoni também são impublicáveis.


quarta-feira, dezembro 15, 2004

 

Portugal, Portugal

Para aqueles que sentiram a falta dos meus comentários incisivos durante estas últimas duas últimas semanas, estive de férias. Para os outros, nada.

Pois é, este ano as minhas férias levaram-me a terras do Tio Sam, e qual não foi o meu espanto ao perceber que a fama de Porco da Costa já tinha chegado ao outro lado do oceano.

Perguntam-me vocês: Será que esse grande best-seller “Largos Dias têm Cem Anos” já chegou ao top literário “fiction” do New York Times? Será que depois de Goldfinger e Goldmember, um dos grandes estúdios de Hollywood irá completar a trilogia com o Goldwhistle? Será que que o Dias da Cunha respira saúde mental (desculpem lá, mas tinha que incluir o insulto de natureza perfeitamente gratuita ao Sporting em qualquer lado)?

Respondo-vos eu: Não, burros!

Estava eu muito descansado a assistir ao Roma-Real Madrid na ESPN quando o comentador se refere ao facto de o Porco ter sido detido para interrogatório num processo de corrupção e de manipulação de resultados desportivos. Acrescentou ele que este processo ainda ia dar muito que falar, uma vez que estariam envolvidas personalidades muito influentes no meio desportivo nacional.

Parece-me que isto põe o Porco da Costa num grupo de elite de portugueses que nos últimos anos têm espalhado o bom nome do nosso país pelo mundo, juntamente com a transsexual do Big Brother, o Roberto Leal, o Toni (até na China já sabem o quanto os portugueses percebem de futebol) e o João Pinto (somos pequeninos, mas damos porrada).

 

Sabe mais? Se souber o próprio nome já é uma sorte...



Dias da Cunha sabe mais, dizem hoje os jornais. O homem dispara em todas as direcções, para branquear a bosta que faz no seu próprio clube. É típico dos incompetentes. Vomita coisas vagas e que se arriscam a ser verdade, de tão generalistas que são. São sempre coisas abstratas e em tom de queixinha, sem dizer a quem ou ao que é que se refere (como aqueles miúdos que têm medo de comer porrada daqueles de quem fizeram queixinha).

Este moço arrisca-se a tornar-se um case study para estudantes de medicina sobre a evolução da Alzheimer.

O sistema de que o Avô Cantigas fala não é o mesmo que estava vigente quando a lagartagem ganhou dois campeonatos nos últimos 10 anos? Curiosamente, nessa altura não me lembro de este moço vir vociferar sobre o sistema, o dinheiro sujo e sabe-se lá o que mais. Não o ouvi falar do sistema quando o Sporting ganhou um campeonato à custa de penalties inexistentes! Onde é que estava o sistema nessa altura? Não era este? Era um sistema dormente? Era outro sistema? E curiosamente, na altura em que andou de mão dada com o Porco da Costa (para quem não se lembra), também não me lembro de o ouvir falar sobre o sistema. Quando ao dinheiro sujo, deve estar a referir-se ao dinheiro que devia estar no Sporting e não está, que causa o buraco financeiro de € 47 milhões na SAD e o endividamento recorde do grupo. Era tão sujo que desapareceram com ele (faz-lhes confusão a sujidade).

Já percebi que o sistema é intermitente. Só aparece quando o Sporting perde. Quando o Sporting ganha, nunca há problema nenhum. A lógica subjacente é: quando o Sporting ganha, é mérito; quando o Sporting perde, é o sistema. E quando perde, ficam cegos. Deixam de ver erros de arbitragem a seu favor (porque é que ninguém fala no golo anulado ao Braga?).

Se há alguém que tem razões de queixa sistemática sobre a arbitragem e o eventual sistema, de forma consistente durante estes 10 anos, é o Benfica. Não ganhámos campeonato algum à conta do sistema que agora renegam, como alguns.
Haja vergonha.

É o maior desonesto intelectual que existe neste país. E a imprensa ainda o ouve. Haja vergonha.

terça-feira, dezembro 14, 2004

 

(Mouse)Trap

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É cada vez mais fácil de perceber porque é que a Itália, com aquele lote de jogadores fantásticos e raçudos que tem, nunca conseguiu fazer nada com o Velho Rato ao leme.

É pena é que o Benfica tenha caído também nesta ratoeira. Dá pena ouvir o Velho Rato falar sobre o Benfica dos anos 60, e mencionar que os adeptos são incompreensivos, marcá-los com a chancela da estupidez e incapacidade de análise. Dá pena que o Velho Rato não se lembre que não é só o Benfica que não tem grandes êxitos há muito tempo; ele próprio já não ganha o que quer que seja há quanto tempo? Quando o catenaccio ainda era a ordem do dia e resultava muito bem, mesmo que ele tenha passado uma série de épocas no Bayern e só tenha tido uma época bem sucedida.

Esta "Trap" é mesmo de rato. Está a esburacar uma grande instituição com a mesma facilidade com que um qualquer rato (cinzento) esburaca um bom queijo. Continuando nas analogias alimentares, venha um treinador com tomates, que não tenha medo de ninguém. Se faz favor.

Não se pode culpar tanto os jogadores, eles são burros por natureza, precisam é de ser bem dirigidos. À la Mourinho, que lhes especifica TUDO o que têm que fazer durante um jogo, para que eles só tenham que executar e não tenham que pensar muito. Aliás, foi aí que ele se fez um grande treinador, não deixa nada ao acaso exactamente porque tem noção desse facto. E os jogadores dele agradecem, entram sempre em campo com a tarefa facilitada.

É preferível ser goleado depois de se ter jogado um encontro inteiro ao ataque, do que ter medo dos colossos do futebol mundial por estas páginas mencionados (Beveren, Oriental e afins) e ser goleado de qualquer forma.

segunda-feira, dezembro 13, 2004

 

Relativizações

Giovanni Trapattoni: «Perder um jogo assim não é uma catástrofe».

Não, meu caro, uma catástrofe é levar 3 secos do Anderlecht, levar 3 secos do Estugarda, empatar com o Gil Vicente, empatar com o Sp Braga, empatar com o Rio Ave, empatar com o Marítimo, perder com o Leiria, perder com o Belenenses, ter uma equipa miserável e um treinador cobarde e senil. Isso sim, é que é uma catástrofe.

 

Diarreia verbal

O Avô Cantigas, depois de um período de silêncio (mau para o panorama da comédia nacional), abriu a boca. É fantástico como produz clássicos instantâneos cada vez que fala.
Agora, como uma donzela ofendida, insurge-se contra a arbitragem do jogo com o Braga, e fala sobre o golo anulado. Esquece-se, naturalmente, do golo mal anulado ao Braga na primeira parte e dos vários foras de jogo mal tirados a jogadores do Braga isolados em direcção ao Frango do Montijo. Esquece-se, ou finge que se esquece? A Alzheimer, já o dissemos, é tramada.

Depois aproveita para mandar umas farpas a um dos concorrentes. "Façamos as nossas contas em relação ao prejuízo sofrido pelo Sporting no sábado e aos benefícios recebidos por um dos nossos rivais nos dois jogos anteriores e tiremos daí as conclusões.". Já que ele pede, eu tiro uma conclusão: o Dias da Cunha é um doente mental. Mas um doente mental desonesto.



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