quarta-feira, outubro 19, 2005

 

A última gargalhada (Levanta-te, ri e baza)


É com grande tristeza, e até pesar, que o Ninho das Águias vê de partida da lagartagem dois dos stand up comedians com mais piada do panorama mundial. Fonte inesgotável de material humorístico para o NdA, o Avô Cantigas e o MAUC sempre possuíram a capacidade de nos suscitar ataques de riso incontrolável ao ponto de causar convulsões. Acresce o facto de que era, de facto, um casamento feliz entre estes personagens e o simpático clube de bairro onde vagueavam. Os pobres e patéticos personagens haviam nascido para liderar os destinos do patético e hilariante clube e equipa de futebol da lagartagem. Ficamos cientes que nada voltará a ser o mesmo.
No entanto, não há por que desanimar. Num circo da estirpe do Sportem há, como seria natural, uma miríade de palhaços e animais que, na liderança da lagartagem, poderão ser igualmente ridículos e hilariantes. Se, de facto, se confirmar a tomada das rédeas por parte do Filipe Soares Frango, ainda muito whisky há-de correr debaixo da ponte. A continuidade está assegurada, até porque o tal Meireles (uma mistura bizarra entre um betinho e o Pee Wee Herman) - que disse que no Sportem os treinadores não caem por força dos resultados - por lá continua.
Só falta mesmo que o Luís Campos seja contratado para treinador. É um match perfeito: para um clube perdedor, um treinador que faz da derrota o seu modo de vida.
Se bem que o Litos, de que se fala, também não está mal. Já desceu o Estoril de divisão, por isso já tem mais do que credenciais para treinar a lagartagem e descê-los de divisão.

Não queria terminar sem endereçar um muito obrigado ao Avô Cantigas e ao MAUC pelas muitas horas, dias, semanas, meses, anos de boa disposição. O futebol fica mais pobre (pausa para gargalhadas) sem vocês (apesar de mais inteligente e mais saudável a nível mental).

O NdA ficou também a saber que a ANHG (Associação Nacional de Hamsters Grávidos) prepara uma homenagem ao MAUC, em reconhecimento do trabalho público a favor da organização, pretendendo oferecer-lhe o prestigiado 'Hamster Dourado em roupa interior feminina' (troféu que distingue feitos notáveis em prol do hamster grávido).


 

Sexo seguro

O Avô Cantigas disse ontem e hoje, na hora da despedida, voltou a dizer que ‘foi forçado e violentado’. É louvável. Na defesa intransigente do seu protegido MAUC, e depois de verificar que quase toda a gente o mandava levar no ‘sim-senhor’, resolveu – para poupar o seu treinador – ele próprio levar no pacote. Dado o aspecto daquela malta da Juve Leo, esperemos que, a bem da saúde do senhor, tenham pelo menos usado preservativo.

terça-feira, outubro 18, 2005

 

Same old fart, different day


Avô Cantigas: '...parte dos resultados são consequência da comunicação social que temos.'

Já não é o sistema. Agora é a comunicação social.
A seguir vai ser o bicho da batata da Papua Nova-Guiné, ou os pigmeus que vivem debaixo do armário no quarto do Avô Cantigas e que este acha que lhe querem roubar os dentes da frente.

p.s. aquele alto na testa não é por acaso...

segunda-feira, outubro 17, 2005

 

A Arte da Fuga (a de Co Adriaanse, não a de J.S. Bach)


Entrevista com Co Adriaanse, após o FC Porco - Glorioso.

Jornalista: ‘Co Adriaanse, disse que se os adeptos lhe mostrassem lenços brancos se iria embora. Como reage, então, aos vários lenços que lhe foram mostrados pelo público?’
Co: ’eu nunca disse isso.’
Jornalista: ’desculpe, mas temos isso gravado’
Co: ’não têm, não’
Jornalista: ’Estou-lhe a dizer que temos’
Co: ’você é uma besta’
Jornalista: ‘desculpe lá, mas está-se a exceder. Porque é que me está a ofender??’
Co: ‘eu não o ofendi’
Jornalista: ‘mas acabou de me chamar uma besta’
Co: ‘não chamei, não.’

Jornalista (suspira): ‘Bom, nunca disse que se ia embora se lhe mostrassem lenços brancos?’
Co: ‘não’
Jornalista: ’apesar de temos tudo gravado? Desculpe, mas isso não pega’
Co: ‘(pensa, com um ar aflito) não fui eu. Foi um adepto do Benfica’
Jornalista: ‘desculpe, que sentido é que faria um adepto do Benfica dizer que se iria embora da equipa técnica do Porto se lhe mostrassem lenços brancos’
Co: ‘pois, de facto não faz muito sentido, não’
Jornalista: ‘mas acabou de me dizer que foi um adepto do Benfica que disse isso’
Co: ‘não disse, não’
Jornalista (furioso): ‘viu ou não viu os lenços brancos?!!’
Co: ‘não’
Jornalista:‘mas temos as imagens!!!’
Co: ‘er….foram os adeptos do Benfica’
Jornalista: ‘ouça, homem, os adeptos do Porto são os de azul’
Co: ‘ah….(murmura entre dentes) estava a achar estranho estarem cá tantos…’
Jornalista: ‘então viu os lenços?’
Co: ‘er….ah….tecnicamente não eram lenços. São coberturas de plástico, e tal. Não conta. Têm de ser lenços a sério….bordados…e limpos…'.

 

Abre o olho, (do) Co

O jovem Co diz que quem mostrou lenços brancos foram os adeptos do Benfica. Das duas uma. Ou o Co é daltónico, ou passou o jogo com o olho fechado. O que é estranho , dado que estava convencido que os dois melões que lá enfiámos (lhe) tinham aberto o olho do Co.

 

Vitória em Mordor


Bom, devo dizer que o meu sonho continha, afinal, algo de premonitório, na medida em que a melhor equipa ganhou e houve justiça. Quanto aos cânticos insultuosos por parte dos Super Porcalhões e à violência dentro do campo era, de facto, esperar demais (o Bruno Alves é um animal, na melhor tradição de Paulinhos Santos e afins).

Esta é uma vitória histórica, porque é uma vitória contra tudo e contra todos, à semelhança de muitas das que temos vindo a conseguir. É um sinal, uma luz no fundo do túnel, é um desbravar de caminho que nos permite ter a esperança que jogar no reduto do FC Porco possa tornar-se uma experiência que não seja comparável com uma descida a um inferno amoral de ausência de imputabilidade.
É uma vitória da equipa, que foi gigante e soube lidar com a pressão, e é uma vitória de Koeman, que se está a tornar no que sempre tive esperança que se tornasse.
O Glorioso ganha no Porto, meus amigos, porque Koeman soube jogar o jogo pelo jogo, sem medo (e folgo em ver que o jogo em Manchester serviu para alguma coisa). Porque houve confiança na equipa e no que esta pode fazer, sem receio do FC Porco.
Uma palavra para o Nuno Gomes, não há como o omitir. Foi Grande. E aquele apontar para as quinas na manga, de raiva, depois de cada golo foi uma lição de benfiquismo e justiça.

Não tenhamos dúvidas. Esta foi uma vitória contra apedrejamentos à Casa do Benfica em VN Gaia, contra petardos lançados às 3h da manhã no hotel onde pernoitava a equipa, contra actos de vandalismo contra o autocarro do clube, contra intimidações de claques criminosas, contra a diarreia verbal do Porco da Costa, contra manobras velhacas de bastidores no sentido de afastar jogadores do Glorioso do jogo e contra toda uma cultura do medo que governou o nosso futebol nas últimas décadas. É uma vitória do Glorioso, bravo Glorioso, e é uma vitória da LIBERDADE, da coragem e da justiça.
É uma vitória que vinga, de alguma forma, as bárbaras agressões de que foram alvo muita gente de águia no coração naquele antro sem lei nem justiça que é historicamente o estádio do FC Porco. É uma vitória contra fundamentalismos bacocos, contra anos e anos e anos de amoralidade, contra Guardas Abéis, contra a corrupção, contra a mentira e contra o polvo. É uma vitória, meus amigos, da Águia contra a podridão deste Mundo. Contra a cultura do medo.

É um raio de Luz.
Fazendo a analogia com o Senhor dos Anéis (mais uma vez), faz-me lembrar a forma como as águias esmagam as bestas voadoras dos Nazgûl em Mordor.


VIVA O BENFICA!!

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