sexta-feira, março 11, 2005

 

Correcção

Afinal as fontes do NdA enganaram-se.

De forma a equilibrar o jogo de ontem, em vez de colocar um central na posição de guarda-redes, o Borough jogou com dois guarda-redes como centrais.

 

De mal a pior

A Superliga está pior do que eu pensava.

O Geovanni foi eleito o melhor jogador do mês de Fevereiro e o Ricardo o quinto (ainda não perecebi se na condição de avançado ou de frango do Montijo).

 

Apocalipse

Alterações climatéricas pelo mundo inteiro, o Verão muito mais quente, o Inverno muito mais frio, climas extremos fora das estações normais, catástrofes naturais (tsunamis, cheias, terramotos), o progressivo descongelamento dos pólos (que ameaçam a subida gradual do nível das águas). A degradação da ordem mundial. Atentados. O 11 de Setembro. Na Turquia nasceu uma cabra com duas cabeças, com o número 666 atrás de uma orelha. Algures na Albânia, uma criança de 3 anos começou a dissertar fluente e profusamente em sumério, assírio e aramaico. O Sporting ganha mais de um jogo seguido nas competições europeias. As pessoas estão confusas. O mundo está ao contrário. Tudo isto vem no livro do Apocalipse, na Bíblia, e tudo isto foi previsto por profetas e videntes. É oficialmente o fim do mundo.
Apenas numa coisa podemos ter confiança. No Ricardo, o Frango do Montijo. Com ele, sabemos sempre com o que contar.

quinta-feira, março 10, 2005

 

O Gerente

Já se percebeu que o Novo Porco assimilou o tique da verborreia característica da casa, e que daqui em diante vamos ser confrontados com ataques diários de diarreia verbal por parte do moço.



Vejamos.

N’A Bola: ‘O nome de Simão voltou a ser tema de discussão, desta vez por causa do arquivamento do processo sumaríssimo que a Comissão Disciplinar da Liga tinha instaurado ao capitão do Benfica. "Já me tinham dito que isso iria acontecer. As pessoas fazem previsões, e como estamos habituados a lutar contra o poder... Eu, pessoalmente, estou habituado a estar do lado do mais pequeno. Logo... contra o poder. Logo... também não é novidade para mim estarmos a viver esta situação. Simão jogou ou vai jogar, óptimo. Que não haja mais processos sumaríssimos e que mantenham um critério coerente e uniforme. Que os especialistas todos de biomecânica consigam também criar um clima bom e salutar no futebol, porque nós vamos continuar o nosso caminho. Não nos vamos preocupar com essas questões menores. " ‘

Afinal, não é tão (ênfase no ‘tão’) burro como parece: já sabia que o Simão seria ilibado, como seria natural. Eu também espero que os especialistas de biomecânica consigam, não só criar um clima bom e salutar no futebol, mas também, inventar uma rolha biomecânica para calar este estropício. E, já agora, uma salsicha cibernética de 250 Kg para lhe enfiar no 'sim-senhor'.

E continua: ‘O treinador, refere, é uma espécie de director de produção... "Sempre defendi que o treinador deve ser ouvido na constituição do plantel, mas a sua feitura é um processo conjunto entre a estrutura técnica e a administração. No entanto, as últimas decisões em qualquer sociedade desportiva têm de ser tomadas pela administração. Há questões que se podem levantar e que eu, neste momento, nem sequer domino. Se quiserem, e fazendo um paralelismo com uma empresa, o treinador é um director de produção. É ele quem tem de dar os pareceres sobre o plantel que quer ou não quer."’

Por mim, acho que faz mais sentido, vendo o clube de que se trata, fazer um paralelismo com uma casa de alterne. Aí, o treinador será uma espécie de gerente da casa, que dá pareceres sobre as meninas que quer ou não quer (e pode decidir se quer dispensar ou não a Carolina Salgado). Ou então, uma espécie de jogador-treinador, um gerente-prostituta, que gosta de fazer uma perninha e ajudar no entretenimento.

quarta-feira, março 09, 2005

 

Última Hora

Depois de confirmada a presença de Ricardo na baliza dos lagartos, e de forma a tornar a eliminatória entre as equipas do Sporting e do Middlesbrough mais competitiva, a equipa inglesa anunciou que iria fazer alinhar um defesa central na posição guarda-redes.

 

Big José

Devo confessar que admiro o Mourinho. É um personagem ‘larger than life’. Num mundo cinzento e amordaçado pelo ‘politicamente correcto’, dá-me um gozo tremendo que exista alguém com tamanha auto-confiança, que anuncie que vai ganhar, e que vai fazer, e que vai acontecer, e depois que, de facto, tudo isso aconteça. Que se esteja absolutamente a borrifar para o que os outros pensam, ou o que a elite do futebol mundial considera que se deve fazer. Remete-nos para outros tempos, em que pelo mundo se passeava gente que moldou a história, que por quem eram (mais, às vezes, do que pelo que fizeram) nos ajudaram a quebrar os limites, as regras, os tabus. A perceber que o impossível não existe, e que nunca se deve desistir.

Claro que a maior façanha de Mourinho foi ter conseguido assimilar tudo isto na sua breve passagem pelo Glorioso.

Confesso também que, à semelhança do Treekey, depois de me ter apercebido que a maioria da lagartagem que conheço abomina o treinador do Chelsea (e que torcem contra ele apesar da sua cruzada contra o snobismo do futebol mundial), a minha simpatia pelo Mourinho duplicou. Não, triplicou. Vá lá, decuplicou.
Convenhamos, o homem supostamente rasgou uma camisola do Sporting. Haverá maior prova de inteligência e bom-senso?

 

Mourinho

Apesar de ter algum antagonismo contra um ou outro jogador, um ou outro treinador, a partir do momento em que emigram, eu passo a ser sempre pelos portugueses. Sem excepções. Não gostava do Figo, passei a gostar do Real Madrid. Nunca gostei do Cristiano Ronaldo, passei a gostar do Manchester United. Não gostava do Deco, continuo a não gostar, porque ele não é português.

Ontem, evidentemente, sofri pela equipa inglesa e celebrei a sua passagem aos quartos de final.

Apesar de nunca ter gostado muito do Mourinho aquando da sua permanência no FC Porco, confesso sem vergonha que me tornei num fã da equipa do Chelsea. Não apenas pelo treinador português, mas também pelos jogadores lusos que fazem parte da equipa.

No entanto, a verdade é que com o Mourinho esta minha filosofia ganhou uma outra proporção, uma vez que é a primeira vez que temos um treinador de sucesso no estrangeiro. Gajos com jeito para jogar à bola temos para dar e vender, assim como muitos outros países do mundo, agora treinadores a história é muito diferente.

O universo dos treinadores continua a ser dominado pelos países de elite do futebol, o que faz com que o caminho trilhado por Mourinho seja ainda mais impressionante e digno de louvores. Até as declarações do senhor, vistas sobre uma óptica de ‘stand up comedy’, ganham uma dimensão divertida e prazeirenta.

Como se faltassem razões para admirar e apoiar o trabalho de Mourinho, descubro que os lagartos lhe têm um ódio visceral. Não sei se pelo incidente da camisola do Rui Jorge, se pelo facto de lhes fazer lembrar o treinador que despediram quando estavam em primeiro lugar do campeonato, mas lá que não gostam dele, não gostam.

Agora digam lá, se isto não é razão suficiente para se gostar do homem, o que é que é?

segunda-feira, março 07, 2005

 

Pastelinho II

Descobri também que frango e pastéis de belém não cai muito bem. Isto é especialmente verdade se o frango for do Montijo.

 

Pastelinho I

Sempre me disseram que comer muitos doces faz mal, mas descobri ontem que basta um pastel de Belém para pôr uma série de gente mal disposta.

 

Emotional Roller Coaster - Estranho modo de vida

Hoje em dia ser adepto do Glorioso é, no fundo, viajar num frenético Roller Coaster emocional. Tanto achamos, numa semana e depois de um jogo patético e sem ambição, que a equipa não vai a lado nenhum, como na semana seguinte, depois de um jogo em que se joga menos mal e se chega ao topo, achamos que vamos ser campeões. Isto pode ser muito engraçado do ponto de vista lúdico e competitivo, mas para a saúde mental é particularmente nocivo.
No fundo, somos junkies, agarrados pela Benficaína, Benfiólicos inveterados. Sabemos que aquilo faz mal, mas voltamos sempre para mais, sem termos hipótese de escolha. Quando corre bem é uma alegria incomensurável, um encantamento quase divino. Quando corre mal é fonte de tristeza infinita, um poço negro sem fundo, uma noite sem fim e uma agonia seguida de promessas vãs e doridas: ‘não vejo mais nenhum jogo, não me vou chatear mais com isto, não quero saber mais de nada’. A frenética viagem emocional que a Superliga deste ano nos reservou faz-nos, acima de tudo, parecer incoerentes, voláteis, pouco crentes. Isto leva a uma permanente reapreciação da nossa condição de adepto de futebol, essa bizarra e fascinante variante do sado-masoquismo, e do que ser adepto nesta medida significa para o modo como nos integramos no mundo. De como o facto do Benfica ganhar ou perder nos muda radicalmente a perspectiva de um dia, de uma situação, de como isso nos altera a percepção do mundo.
Imagino-me num recatado centro de recuperação para ferrenhos benfiquistas, privado de quaisquer meios de comunicação ou instrumentos dos media. ‘Olá, o meu nome é Gwaihir e sou dependente do Benfica. Já não vejo um jogo há duas semanas. Aprendi a apreciar o dia-a-dia. Vivo um dia de cada vez’. Imagino-me também a furar a segurança do centro e a fugir, passando pelo mais intrincado sistema de segurança, arame farpado ou cães de guarda, de modo a chegar perto de um aparelho de televisão e vislumbrar um momento fugidio de um jogo do Glorioso, apoderar-me de um rádio e devorar um relato, agarrar num jornal desportivo e ler as páginas com títulos em vermelho.

Bottom line: esta semana até acho que podemos ser campeões. Depois do próximo jogo, provavelmente vou achar, vou ter quase a certeza que não. Na semana a seguir, terei a certeza que sim. Haverá tratamento para isto? E mais importante ainda: será que quero ser tratado? Provavelmente não.

 

Números

Em declarações após o jogo de ontem, José Peseiro afirma que apesar do Belenenses ter tido mais situações de perigo, o Sporting teve mais números nas estatísticas.

O NdA consegui descobrir que o Sporting dispôs do 1, 3, 5, 6, 7, 8, e 9.

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