quarta-feira, março 09, 2005

 

Mourinho

Apesar de ter algum antagonismo contra um ou outro jogador, um ou outro treinador, a partir do momento em que emigram, eu passo a ser sempre pelos portugueses. Sem excepções. Não gostava do Figo, passei a gostar do Real Madrid. Nunca gostei do Cristiano Ronaldo, passei a gostar do Manchester United. Não gostava do Deco, continuo a não gostar, porque ele não é português.

Ontem, evidentemente, sofri pela equipa inglesa e celebrei a sua passagem aos quartos de final.

Apesar de nunca ter gostado muito do Mourinho aquando da sua permanência no FC Porco, confesso sem vergonha que me tornei num fã da equipa do Chelsea. Não apenas pelo treinador português, mas também pelos jogadores lusos que fazem parte da equipa.

No entanto, a verdade é que com o Mourinho esta minha filosofia ganhou uma outra proporção, uma vez que é a primeira vez que temos um treinador de sucesso no estrangeiro. Gajos com jeito para jogar à bola temos para dar e vender, assim como muitos outros países do mundo, agora treinadores a história é muito diferente.

O universo dos treinadores continua a ser dominado pelos países de elite do futebol, o que faz com que o caminho trilhado por Mourinho seja ainda mais impressionante e digno de louvores. Até as declarações do senhor, vistas sobre uma óptica de ‘stand up comedy’, ganham uma dimensão divertida e prazeirenta.

Como se faltassem razões para admirar e apoiar o trabalho de Mourinho, descubro que os lagartos lhe têm um ódio visceral. Não sei se pelo incidente da camisola do Rui Jorge, se pelo facto de lhes fazer lembrar o treinador que despediram quando estavam em primeiro lugar do campeonato, mas lá que não gostam dele, não gostam.

Agora digam lá, se isto não é razão suficiente para se gostar do homem, o que é que é?

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