sexta-feira, abril 01, 2005

 

Carta aberta a Trapattoni

Caro Sr. Trapattoni,

são públicas as minhas divergências passadas com a sua postura e, mormente, com os resultados do seu trabalho dentro do campo durante grande parte da Superliga, jogo a jogo (que se manifestou, não só na fraca qualidade e falta de ambição do jogo da equipa em muitos jogos, mas na perda de desafios em circunstâncias, para mim, pouco aceitáveis). Mantenho a convicção de que com outro treinador com uma ambição diferente, a esta hora estaríamos a uma diferença pontual na liderança da Superliga praticamente definitiva. Mandam as regras da coerência que aqui faça este epílogo. Tendo dito na altura o que disse, não vou dizer agora que o acho o melhor treinador do mundo. Não é esse o meu estilo.

Posto isto, tenho a dizer que nos últimos jogos, não sei se fruto de uma mudança de postura no treinador no ataque aos jogos, de uma mudança de atitude e motivação dos jogadores face às reais perspectivas de conquistar o título, da demorada maturação e assimilação do sistema de jogo - que finalmente dá frutos, ou de uma combinação de todos estes factores, coadjuvados por um crescente brio pelo uso das camisolas cor de sangue; a equipa e o treinador, sobretudo pela atitude demonstrada e pelo nível de maturidade evidenciada em situações adversas (bem como uma melhoria efectiva na qualidade de jogo), me merecem uma palavra de reconhecimento e incentivo.
O que me move, acima de tudo o que possam pensar, é um profundo, genuíno e inamovível sentimento de amor ao Benfica.
Como tal, quando critico, é porque me afligem algumas situações que afectam o clube a nível desportivo (que o resto está muito bem controlado), genuinamente na convicção de que a identificação dos problemas pode levar à resolução destes. Não critico por criticar. Critico por achar que há situações que não são compatíveis com a gloriosa história e dimensão do Benfica. Nada mais. É o direito à indignação por querer o melhor para o clube. Por querer que o Benfica e os seus funcionários se comportem em consonância com a dimensão mística do mesmo.

Desta forma, Sr. Trapattoni, o que lhe peço é muito simples: que mantenha o curso evidenciado nos últimos jogos. Que, em conjunto com os jogadores, honre a grandeza do clube. Que a sua experiência lhe permita conduzir a equipa, jogo a jogo, até ao fim, ao título. Porque é aí, no topo, o lugar do Benfica.

A melhor sorte do mundo para a equipa técnica e jogadores.

Viva o Benfica

 

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Os Abutres

Na sequência das notícias divulgadas, esta quinta-feira, sobre declarações de Ricardo Rocha a um jornal espanhol, o jogador do Sport Lisboa e Benfica decidiu tornar público, através do Site Oficial SL Benfica, um comunicado oficial, em que refuta as notícias avançadas:
‘Tendo sido confrontado com uma notícia de um órgão de comunicação espanhol segundo o qual eu teria dito não estar contente com a minha situação no Benfica, esclareço o seguinte:
Não o disse, não o diria, quer por não corresponder à verdade, quer por considerar que seria nesta altura uma enorme falta de respeito para com o clube e sobretudo para com os meus companheiros de equipa.
Eu e os meus colegas fomos avisados já há algum tempo que este tipo de notícias iriam começar a surgir nesta altura do campeonato.
Estão enganados aqueles que pensam que com este tipo de notícias nos conseguem desviar do nosso rumo, o nosso rumo está bem traçado: sermos campeões! (...)'

Era expectável, de facto, que surgissem notícias para desestabilizar o plantel do Benfica em catadupa, à medida que se materializasse a candidatura do Glorioso à conquista da Superliga. São muitos, os abutres, na comunicação social.
Apesar deste comunicado do jogador e de ter ouvido hoje de manhã na TSF os responsáveis do Villareal, já perto de perder a paciência, negarem veemente e categoricamente qualquer interesse no R. Rocha em resposta às 15 vezes que o jornalista da TSF lhes fez a pergunta, o Record, na sua edição Online, continua, com a desfaçatez própria de quem faz jornalismo de retrete, a manter que ‘Os espanhóis do Villarreal estão no mercado em busca de um central e o benfiquista Ricardo Rocha é o alvo preferencial do actual quarto classificado da Liga espanhola’. Mau jornalismo, mediocridade, burrice ou má fé? Tudo isso, com ênfase na má fé.

quinta-feira, março 31, 2005

 

Scolaridade Obrigatória

Algumas considerações sobre o jogo de ontem.

Primeiro, uma sensação de alívio. Não se lesionou nenhum jogador do Glorioso na Selecção. O objectivo principal foi alcançado.

Foi, também, com satisfação que vi o Frango do Montijo fazer 1,25 boas defesas. Quer dizer que gastou o stock deste ano e há boas perspectivas de frangalhada para o jogo de Sábado com o Boavista (e para todos os seguintes, na verdade).

Se tivéssemos de facto um treinador como seleccionador nacional já estaríamos virtualmente apurados para o Mundial de 2006. Como temos aquele entertainer pago a peso de ouro, temos o que merecemos. A FPF obriga-nos a aturá-lo, pelo que a situação é uma de 'Scolaridade Obrigatória'. O homem está tão preparado a nível técnico e táctico como a minha avó (e a minha avó, em abono da verdade, não está muito bem preparada). O moço acha que o facto de colocar cassetes do Roberto Leal no autocarro e obrigar os jogadores todos a cantar o ‘Dá cá um beijo’ dá a equipa os índices de motivação necessários para ultrapassar qualquer obstáculo. Na verdade, o que faz é obrigar os jogadores a colocar tampões nos ouvidos que depois se esquecem de tirar, razão pela qual parece que, dentro do campo, cada um deles joga como se não ouvisse os companheiros, ou nem sequer soubesse da sua existência.
A devoção aos santos, no entanto, lá lhe vai salvando o coiro. A perder 1-0, tira o Pauleta e mete o Postiga (não meteu o Nuno Gomes, nem jogou com dois pontas de lança, não: meteu o Postiga - arriscou tudo, diria alguém sem qualquer apego à realidade; estava embriagado, dirão os outros), e o Postiga empata o jogo. Mais sorte que isto só o tipo que perdeu o embarque no Titanic porque ficou trancado na casa de banho dum café, ou o moço que trabalhava no World Trade Center e decidiu, no dia 11 de Setembro de 2001, ‘ir tomar um café lá abaixo’ por volta das 9h da manhã.

quarta-feira, março 30, 2005

 

Esclarecimento

Apesar da maior parte dos comments que sobreviveram ao nosso extermínio terem uma natureza bastante elogiosa, considerámos que não possuíam um tom suficiente bajulatório. Consequentemente, decidimos começar do zero e dar-vos uma nova hipótese.

 

(Eslo)Vaca

Aparentemente, Luiz Felipe Scolari terá convidado a Carolina Salgado para acompanhar a comitiva da selecção à Eslováquia, numa acção de motivação. De acordo com os responsáveis da selecção: 'vamos estar num estádio hostil, repleto de eslovacas. Queremos levar pelo menos uma vaca, mesmo que não seja eslo, para diminuir a desvantagem.'

 

Mais matemática

Tudo indica que teremos casa cheia na Catedral no Domingo. Já estão garantidos mais de 40.000 espectadores, sendo que nos próximos dias se espera uma grande afluência de público às bilheteiras. No jogo com o FC Porco, o estádio da Luz teve uma assistência de cerca de 62.000 espectadores. No jogo contra a lagartagem para a Taça, a assistência rondou os 63.000 espectadores. A média de espectadores da Catedral rondará, tirando as enchentes, os 32.000 espectadores.
No jogo da lagartagem com a porcalhagem no Alvalixo estiveram 33.400 pobres almas, no que é suposto ser um dos jogos com maior assistência da época.
Enfim. Ainda há quem tente comparar coisas que não são comparáveis. A matemática, de facto, deve deixar mais gente deprimida.

 

A matemática deixa-me deprimido

Apesar de considerar o MST um tipo bastante inteligente, e de até concordar com ele numa série de coisas, no que diz respeito a futebol, convenhamos, o seu facciosismo (e, acima de tudo, a sua omnipresente teoria conspiratória sobre o Benfica como causa de todos os males – que é, no fundo, um reconhecimento da grandeza do Glorioso, como já aqui o disse) torna impossível qualquer tipo de afinidade neste aspecto. É, no fundo, o mesmo tipo de ambivalência com que leio alguns grandes amigos. Pessoas inteligentes e que respeito, mas que, quando a discussão resvala para o campo clubístico, apetece espancá-los com uma marreta gigantesca. É normal. É suposto as coisas serem assim. Aceito-o.
Pois bem, tendo isto em conta, de vez em quando (muito de vez em quando) até concordo com o jovem MST nalgumas considerações que efectua no campo desportivo. Isto a propósito de parte da crónica de ontem do moço para a Bola:

’Nuno Gomes e Hélder Postiga voltaram esta semana aos golos—na Selecção, que não nos clubes que lhes pagam. Segundo as contas feitas pela revista Sábado, com base num ordenado mensal de 100.000 euros, cada golo marcado porNunoGomes, nas três épocas que leva de regresso ao Benfica, custou em média 124.600 euros ao clube—qualquer coisa como 25.000 contos!Pelas minhas contas, e partindo do princípio de que Hélder Postiga ganhe apenas 75.000 euros mensais, se ele conseguisse agora marcar o seu primeiro golo ao serviço doFCPorto, esse golo teria custado cerca de 750.000 euros (150.000 contos). A matemática sempre me deixou deprimido.’

A mim também.

terça-feira, março 29, 2005

 

Desabafo II

É oficial: não tenho vida. Agora até aos jogos de volley vou...

Qualquer dia ainda me apanham nos play-off do bilhar às três tabelas ("vai mas é enfiar o taco no c..").

 

Desabafo

A nossa postura no universo bloguistico não é pacífica.

O NdA não procura consensos, mas pontos de cisão e de discórdia. O nosso objectivo é inflamar paixões. O choque pelo choque (em inglês, “the shock by the shock”).

O NdA está para os blogs como o Mourinho está para o mundo do futebol e como a TVI está para o meio televisivo (muito boa noite, o meu nome é Gwaihir). Somos arrogantes e líderes de audiência.

Ao estilo de um regime pidesco sem qualquer laivo democrático procuramos silenciar os nossos detractores.

Live with it.

 

Piada da Semana

O Mourinho diz que sonha com um dia treinar a selecção.

Quem é que ele acha que treinou a equipa para o EURO?

 

Eu e a selecção

Bom, como é sabido, estou-me absolutamente a borrifar para o que é politicamente correcto, ou para o que a generalidade das pessoas considera como saudável a nível da vivência desportiva, ou para a manutenção do estado de dormência e normalidade do sistema advogado por copinhos de leite e palhaços cinzentões. Não estou aqui para apregoar falsas verdades, ou para dizer o que as pessoas querem ouvir, ou para me afogar no mar de normalidade e hipocrisia que parece dominar a sociedade e o futebol português. Aqui não há amarras.
Ok, foi muito engraçado, o Euro, e as bandeiras espetadas pelas janelas, e termos despachado os chauvinistas dos espanhóis (Viva Aljubarrota, Olivença é nossa!) e os bêbados dos ingleses e tudo isso. Qual de nós não sofreu de patriotismo exacerbado na altura? Qual de nós não cantou, no limite da capacidade pulmonar, o hino nacional, com uma lágrima no canto do olho?
Mas quando vejo um jogo da selecção hoje em dia, não me podia estar mais a borrifar. A minha preocupação é com a integridade física dos jogadores do Benfica. Os clubes pagam absolutas fortunas pelos jogadores, salários por vezes incomportáveis e depois, por força de acessos bacocos de patriotismo, assiste-se a lesões absolutamente evitáveis em jogos absolutamente ridículos (e com selecções absolutamente ridículas, que às vezes jogam mais que a nossa). E depois há seleccionadores que trabalham 15 dias por ano, que não se dão ao trabalho de ver os jogos dos clubes onde militam os jogadores que seleccionam e que recebem cerca de 150.000 € por mês que ainda têm a lata de mandar bocas aos clubes. Se ao menos se visse algum trabalho de fundo a ser feito na selecção, mas a ideia que dá é que os jogadores vão para a selecção e são lançados para dentro de campo para se desenmerdarem como entenderem. Fica-se com a noção que o trabalho psicológico e táctico a que são sujeitos nos clubes onde trabalham é desbaratado numa semana de trabalho anárquico na selecção. Com a agravante de que se podem lesionar. E a entidade patronal, que investe tudo na prossecução de objectivos legítimos, tem mais é que comer e calar. E ainda leva bocas de seleccionadores preguiçosos.
Como tal, e dado que hoje em dia, o Benfica é o clube nacional que contribui com maior número de jogadores para a selecção, o que desejo acima de tudo é que nenhum deles se lesione no jogo de amanhã. Essa é a verdade. Nua e crua. E se Portugal ganhar à Eslováquia, naturalmente fico satisfeito. Especialmente se for com um golo do Simão, do Manuel Fernandes, do Miguel ou do Nuno Gomes (ou do Quim, com um pontapé longo).

p.s. espero também que o seleccionador continue a esquecer-se do Ricardo Rocha nas convocatórias. É menos um com probabilidades de se lesionar.

 

Podes falar muito, tu. Podes, podes

É particularmente irónico que tenha sido a miss Nuno Gomes a proferir o chorrilho de disparates sobre aquela conversa de os clubes pedirem aos jogadores para se pouparem, ou não meterem o pé, a mão, o dedo, o nariz, ou o raio que o parta, em jogos da selecção. Devo dizer que acho que o moço falava no geral, não se referindo especificamente a ele em particular. Mas como também não pensa antes de falar (se calhar pensa, mas aquilo não dá para mais), não imaginou que se poderia pensar que a situação se aplicaria a ele.
Se há alguém que não faz sentido que faça este tipo de declarações, é o ‘Mr. 2 golos por época’, tendo em conta que faz sempre exibições muito razoáveis e marca golos pela selecção, e pelo Benfica são as exibições miseráveis que se vê, marcando golos com a mesma frequência com que o Ricardo não dá um frango. De facto, só pode mesmo estar a falar do Boavista ou da Fiorentina, como diz o LFV.
E se marcasse mas é golos pelo Benfica, que lhe paga o salário, em vez de andar a treinar no Glorioso para marcar golos pela selecção?

segunda-feira, março 28, 2005

 

Onde pára o sportem?

Foi com agrado que vi o jogo da selecção nacional contra o canadá.

o canadá é fraquinho, é uma espécie de sportem do futebol mundial. Desconhecidos, patéticos, engraçados e com um grupo de apoiantes muito restrito que acham que são os melhores do mundo.
Mas dos fracos não reza a história. por isso passemos ao que interessa: MANUEL FERNANDES!
QUE CLASSE!
QUE MESTRIA!
SOBERBO!
MAGNÍFICO!

pelo alvalixo fala.se muito de um jovem jogador, o Pouquinho, mas comparado com este grande valor do futebol mundial, só merece uma gargalhada

de resto, o Glorioso já é a espinha dorsal da selecção.
já o sportem é praticamente inexistente (o hugo desviana é do newcastle, o ricardo ainda está a recuperar da vacina contra a gripe das aves)

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