quinta-feira, março 31, 2005

 

Scolaridade Obrigatória

Algumas considerações sobre o jogo de ontem.

Primeiro, uma sensação de alívio. Não se lesionou nenhum jogador do Glorioso na Selecção. O objectivo principal foi alcançado.

Foi, também, com satisfação que vi o Frango do Montijo fazer 1,25 boas defesas. Quer dizer que gastou o stock deste ano e há boas perspectivas de frangalhada para o jogo de Sábado com o Boavista (e para todos os seguintes, na verdade).

Se tivéssemos de facto um treinador como seleccionador nacional já estaríamos virtualmente apurados para o Mundial de 2006. Como temos aquele entertainer pago a peso de ouro, temos o que merecemos. A FPF obriga-nos a aturá-lo, pelo que a situação é uma de 'Scolaridade Obrigatória'. O homem está tão preparado a nível técnico e táctico como a minha avó (e a minha avó, em abono da verdade, não está muito bem preparada). O moço acha que o facto de colocar cassetes do Roberto Leal no autocarro e obrigar os jogadores todos a cantar o ‘Dá cá um beijo’ dá a equipa os índices de motivação necessários para ultrapassar qualquer obstáculo. Na verdade, o que faz é obrigar os jogadores a colocar tampões nos ouvidos que depois se esquecem de tirar, razão pela qual parece que, dentro do campo, cada um deles joga como se não ouvisse os companheiros, ou nem sequer soubesse da sua existência.
A devoção aos santos, no entanto, lá lhe vai salvando o coiro. A perder 1-0, tira o Pauleta e mete o Postiga (não meteu o Nuno Gomes, nem jogou com dois pontas de lança, não: meteu o Postiga - arriscou tudo, diria alguém sem qualquer apego à realidade; estava embriagado, dirão os outros), e o Postiga empata o jogo. Mais sorte que isto só o tipo que perdeu o embarque no Titanic porque ficou trancado na casa de banho dum café, ou o moço que trabalhava no World Trade Center e decidiu, no dia 11 de Setembro de 2001, ‘ir tomar um café lá abaixo’ por volta das 9h da manhã.

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