quarta-feira, março 09, 2005

 

Big José

Devo confessar que admiro o Mourinho. É um personagem ‘larger than life’. Num mundo cinzento e amordaçado pelo ‘politicamente correcto’, dá-me um gozo tremendo que exista alguém com tamanha auto-confiança, que anuncie que vai ganhar, e que vai fazer, e que vai acontecer, e depois que, de facto, tudo isso aconteça. Que se esteja absolutamente a borrifar para o que os outros pensam, ou o que a elite do futebol mundial considera que se deve fazer. Remete-nos para outros tempos, em que pelo mundo se passeava gente que moldou a história, que por quem eram (mais, às vezes, do que pelo que fizeram) nos ajudaram a quebrar os limites, as regras, os tabus. A perceber que o impossível não existe, e que nunca se deve desistir.

Claro que a maior façanha de Mourinho foi ter conseguido assimilar tudo isto na sua breve passagem pelo Glorioso.

Confesso também que, à semelhança do Treekey, depois de me ter apercebido que a maioria da lagartagem que conheço abomina o treinador do Chelsea (e que torcem contra ele apesar da sua cruzada contra o snobismo do futebol mundial), a minha simpatia pelo Mourinho duplicou. Não, triplicou. Vá lá, decuplicou.
Convenhamos, o homem supostamente rasgou uma camisola do Sporting. Haverá maior prova de inteligência e bom-senso?

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