quinta-feira, agosto 04, 2005
Big Show Circo
Ontem fiquei confuso quando comecei a ver um espectáculo de circo na RTP, porque normalmente isso costuma acontecer mais perto do Natal. Depois prestei mais atenção e percebi que afinal era a apresentação da equipa do Sportem. É natural que tenha ficado confuso, era só animais e palhaços.
Do pouco que consegui ver, por entre lágrimas de riso incontrolável, guardei os seguintes apontamentos:
- para a lagartagem, cerca de 25.000 palhaços no Alvalixo na apresentação da equipa é ‘uma enchente’. Está certo, é adequado à dimensão de clube de bairro;
- o hino (espaço para gargalhadas) do Sportem é, de facto, qualquer coisa muito semelhante a uma hiena louca (e com o cio) aos guinchos;
- o Avô Cantigas não sabe aplaudir. Mas a maneira como tenta (quase falhando o encontro das duas mãos) é de tal maneira bizarra e desconcertante que é qualquer coisa de hilariante. O homem é, de facto, um expoente do burlesco;
- o penteado piaçaba do Beto é adequado ao WC onde normalmente joga;
- o Carlos Martins é, de facto, muito parecido com uma avestruz;
- o Avô Cantigas e o Cabeça de Cotonete, curiosamente, não falaram do sistema. É estranho, porque o mesmo sistema que inventou um fora de jogo inexistente contra o Middlesbrough e, na jogada a seguir, um penalty virtual a favor da lagartagem, ontem lá inventou mais um penalty para abrilhantar a festa;
- o Silva ainda não arranjou um dador de pescoço;
- os moços da claques do Sportem têm todos tão bom aspecto como um carregamento de estrume;
- o ataque do Sportem é absolutamente desnecessário. As equipas adversárias distraem-se com o ar engraçado da equipa do Sportem, com os penteados e tal, e com o tamanho da casa de banho, e metem auto-golos e fazem penalties. O que é bom, porque depois, no espírito circense que preside à coisa, a imprensa portuguesa pode à mesma elogiar a equipa do Sportem e dizer que ganhou muito bem;
- copiões como são, e mais uma vez provando que vivem na sombra do Glorioso ('se eles têm, vamos copiar'), arranjaram uns equipamentos do centenário, no espírito dos originais. Onde é que eu já vi isto? Copiões como são, também querem vender o nome do estádio, mas só lhes oferecem menos de metade do que se fala que oferecem ao Glorioso. No fundo, percebe-se, porque as empresas de louça de casa de banho que estiverem dispostas a dar o nome ao WC não são exactamente multinacionais. Se juntarem o útil ao agradável, podem continuar a chamar-lhe Alvalixo e tentar convencer alguma empresa de tratamento de resíduos a associar o nome.
Do pouco que consegui ver, por entre lágrimas de riso incontrolável, guardei os seguintes apontamentos:
- para a lagartagem, cerca de 25.000 palhaços no Alvalixo na apresentação da equipa é ‘uma enchente’. Está certo, é adequado à dimensão de clube de bairro;
- o hino (espaço para gargalhadas) do Sportem é, de facto, qualquer coisa muito semelhante a uma hiena louca (e com o cio) aos guinchos;
- o Avô Cantigas não sabe aplaudir. Mas a maneira como tenta (quase falhando o encontro das duas mãos) é de tal maneira bizarra e desconcertante que é qualquer coisa de hilariante. O homem é, de facto, um expoente do burlesco;
- o penteado piaçaba do Beto é adequado ao WC onde normalmente joga;
- o Carlos Martins é, de facto, muito parecido com uma avestruz;
- o Avô Cantigas e o Cabeça de Cotonete, curiosamente, não falaram do sistema. É estranho, porque o mesmo sistema que inventou um fora de jogo inexistente contra o Middlesbrough e, na jogada a seguir, um penalty virtual a favor da lagartagem, ontem lá inventou mais um penalty para abrilhantar a festa;
- o Silva ainda não arranjou um dador de pescoço;
- os moços da claques do Sportem têm todos tão bom aspecto como um carregamento de estrume;
- o ataque do Sportem é absolutamente desnecessário. As equipas adversárias distraem-se com o ar engraçado da equipa do Sportem, com os penteados e tal, e com o tamanho da casa de banho, e metem auto-golos e fazem penalties. O que é bom, porque depois, no espírito circense que preside à coisa, a imprensa portuguesa pode à mesma elogiar a equipa do Sportem e dizer que ganhou muito bem;
- copiões como são, e mais uma vez provando que vivem na sombra do Glorioso ('se eles têm, vamos copiar'), arranjaram uns equipamentos do centenário, no espírito dos originais. Onde é que eu já vi isto? Copiões como são, também querem vender o nome do estádio, mas só lhes oferecem menos de metade do que se fala que oferecem ao Glorioso. No fundo, percebe-se, porque as empresas de louça de casa de banho que estiverem dispostas a dar o nome ao WC não são exactamente multinacionais. Se juntarem o útil ao agradável, podem continuar a chamar-lhe Alvalixo e tentar convencer alguma empresa de tratamento de resíduos a associar o nome.
And the winner is...
De acordo com a imprensa, o MAUC e o Sportem preparam-se para receber o prestigiado prémio 'Dias Ferreira' por parte da Associação Mundial de Prostitutas, que premeia a prostituta que mais se evidenciou na divulgação da profissão. De acordo com a porta voz da referida instituição, depois do MAUC pedir desculpa ao presidente do Sp. Braga, chegaram à conclusão que ninguém no mundo baixa com tanta frequência as calcinhas como o MAUC, o que publicita de forma importante a prostituição. Adicionalmente, refere a porta voz, 'o treinador do Sportem transmite ainda uma mensagem muito importante no sentido da possibilidade de manutenção de um relacionamento de sã convivência entre as prostitutas e os clientes, como se comprova pela saudável convivência com o Rochemback e Douala'.
terça-feira, agosto 02, 2005
Os me(r)dia - Manobras de diversão
Sabemos, sempre soubemos, que o Glorioso é a maior fonte de receitas para o jornalismo português. Sempre será assim. Fala-se no nome do Benfica e as vendas de jornais aumentam exponencialmente, as bancas esvaziam. É um facto da vida, ‘we have to live with it’. E, como tal, os ‘jornalistas’ portugueses digladiam-se diariamente por notícias, pedaços de notícias, vislumbres de notícias relacionadas com o Glorioso. Quando não existem, quer porque o tranquilo dia-a-dia do clube não dá azo a escandaleiras, quer porque o balneário está blindado, há que as inventar. Doa a quem doer. Ridículo como seja.
Acontece que o interesse dos jornais pelo Benfica hoje em dia serve dois propósitos. O acima referido, relacionado com as vendas, e um segundo, mais obscuro, mais traiçoeiro, velhaco. A imprensa é manietada para filtrar a informação e o que publica por fazedores de opinião que detêm poder considerável nos media, e que o usam em função da sua filiação clubística (fundamentalismo será uma palavra mais acertada) e interesses pessoais. Só assim, e unicamente assim, se consegue perceber as notícias ontem publicadas na patética imprensa deste país, e depois exploradas pelas televisões (o pouco que havia para explorar) empolando artificialmente a importância de um assunto que nem assunto é. De uma notícia que, se objecto de reflexão por parte de gente séria, nunca notícia seria.
Para os ignorantes dos ‘jornalistas’, tenho a dizer que não existe nem uma, leiam outra vez, nem uma, hipoteca sobre jogadores do Glorioso. Porquê? Porque, pobres imbecis ignorantes, os passes dos jogadores não se hipotecam, penhoram-se.
Garantias associadas a montantes devidos sempre houve e sempre haverá. É a situação mais usual deste planeta, juntamente com o Avô Cantigas urinar na cama e o Porco da Costa ir às putas. Não é uma notícia. Nunca o será.
Para os benfiquistas, tenho a dizer que se trata de um montante absolutamente identificado no processo de construção do Estádio, e cujo montante real foi exactamente igual ao projectado. Não faz parte do Project Finance do estádio, mas é relativo a trabalhos adicionais para o estádio. Assim estava definido, assim foi cumprido. E vai estar, em breve, pago.
Perguntem-se. Se é notícia o Benfica ter associado como garantia, na maior das naturalidades, a um montante em dívida os penhores dos passes de alguns jogadores, porque é que não é notícia o Sporting ter toda a equipa penhorada (alguns mais do que uma vez), ou os salários em atraso por períodos superiores a três meses?
Ou porque é que não é notícia 70% das pessoas deste país terem associadas garantias aos seus empréstimos? Por duas razões. Primeiro, porque há coisas que certas pessoas não querem que se saiba. Segundo, porque, se não tem o nome do Benfica na notícia, não vende.
Qualquer dia será notícia cada peido que um jogador do Benfica der depois de comer uma feijoada. Mas percebe-se. Qualquer peido dado por qualquer jogador do Glorioso valerá sempre mais e será sempre mais notícia do que qualquer outra notícia sobre clubes patéticos com estádios em forma de lavabos públicos ou clubes com dirigentes que gerem antros de prostituição.
Acontece que o interesse dos jornais pelo Benfica hoje em dia serve dois propósitos. O acima referido, relacionado com as vendas, e um segundo, mais obscuro, mais traiçoeiro, velhaco. A imprensa é manietada para filtrar a informação e o que publica por fazedores de opinião que detêm poder considerável nos media, e que o usam em função da sua filiação clubística (fundamentalismo será uma palavra mais acertada) e interesses pessoais. Só assim, e unicamente assim, se consegue perceber as notícias ontem publicadas na patética imprensa deste país, e depois exploradas pelas televisões (o pouco que havia para explorar) empolando artificialmente a importância de um assunto que nem assunto é. De uma notícia que, se objecto de reflexão por parte de gente séria, nunca notícia seria.
Para os ignorantes dos ‘jornalistas’, tenho a dizer que não existe nem uma, leiam outra vez, nem uma, hipoteca sobre jogadores do Glorioso. Porquê? Porque, pobres imbecis ignorantes, os passes dos jogadores não se hipotecam, penhoram-se.
Garantias associadas a montantes devidos sempre houve e sempre haverá. É a situação mais usual deste planeta, juntamente com o Avô Cantigas urinar na cama e o Porco da Costa ir às putas. Não é uma notícia. Nunca o será.
Para os benfiquistas, tenho a dizer que se trata de um montante absolutamente identificado no processo de construção do Estádio, e cujo montante real foi exactamente igual ao projectado. Não faz parte do Project Finance do estádio, mas é relativo a trabalhos adicionais para o estádio. Assim estava definido, assim foi cumprido. E vai estar, em breve, pago.
Perguntem-se. Se é notícia o Benfica ter associado como garantia, na maior das naturalidades, a um montante em dívida os penhores dos passes de alguns jogadores, porque é que não é notícia o Sporting ter toda a equipa penhorada (alguns mais do que uma vez), ou os salários em atraso por períodos superiores a três meses?
Ou porque é que não é notícia 70% das pessoas deste país terem associadas garantias aos seus empréstimos? Por duas razões. Primeiro, porque há coisas que certas pessoas não querem que se saiba. Segundo, porque, se não tem o nome do Benfica na notícia, não vende.
Qualquer dia será notícia cada peido que um jogador do Benfica der depois de comer uma feijoada. Mas percebe-se. Qualquer peido dado por qualquer jogador do Glorioso valerá sempre mais e será sempre mais notícia do que qualquer outra notícia sobre clubes patéticos com estádios em forma de lavabos públicos ou clubes com dirigentes que gerem antros de prostituição.