quinta-feira, outubro 07, 2004

 

Uma chama imensa

Não peço que joguem sempre bem. É um pedido impossível. Não peço que ganhem sempre. Algures ao longo do caminho é natural que surjam percalços. Apenas peço que joguem com a raiva, com a 'ganância' de ganhar com que jogaram no Domingo. O penalty fantasma ainda alimentou mais essa raiva, porque a luta pelo jogo ganhou contornos de luta contra o destino, contra a injustiça, contra a fatalidade de ver tudo contra eles. Já Nietzsche dizia que 'o que não nos mata apenas nos torna mais fortes'. No Domingo tratou-se de lutar contra o destino, na verdade. Contra a fatalidade de aceitar que as adversidades nos destruam, por entre suspiros de conformismo e aquiescência. No Domingo, em terra de conquistadores, os jogadores do Benfica mereceram, cada um, a camisola que envergam. Que a sintam assim sempre daqui para a frente. Que assumam o seu peso e o aceitem.
No Domingo, algures num café , perdido no meio do Alentejo, o Benfica cantou-me ao ouvido. E eu, embalado pela melodia, vi a águia a voar.

No Domingo sentiu-se a 'chama imensa'. Que ela não se apague mais.

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