segunda-feira, novembro 22, 2004

 

Cultura

Há umas semanas atrás, a propósito de uns assobios ouvidos pela massa associativa Trap acusou-(n)os de falta de cultura.

Sinceramente, não sei a que cultura é que a velha (para tornar as coisas mais simples, em vez de me referir a Trap como a velha raposa, usarei apenas o termo “velha“) se estava a referir, mas concerteza não deve ser aquela que nos permitiu descobrir pelo menos dois meses antes da equipa técnica que o Paulo Almeida não tem qualidade para jogar futebol numa equipa profissional.

Aliás, apesar da avançada idade, a velha tem algum potencial para aprendizagem, uma vez que volvidos dois meses, de jogador “fetiche”, Paulo Almeida passou a quinta opção, atrás do “coice de mula” e do Bruno Aguiar.

A cultura que a velha tanto apregoa e que a mim me falta, deve ser aquela não me permitiu compreender a razão da substituição de Karadas por Bruno Aguiar, numa altura em que a equipa do Rio Ave tinha acabado de marcar o segundo golo. Convém acrescentar que a equipa do Rio Ave também não deve ter percebido, porque em vez de entregar o controle do meio campo ao Benfica (como era certamente a intenção da velha), teve a ousadia, a raiar a má educação, de empatar o jogo e não permitir que o Benfica se voltasse a aproximar da sua baliza. Cheira-me que não devem ter grande cultura...

Rapidamente se chega à conclusão que a cultura de que a velha tanto fala, não é a cultura desportiva, futebolística, nem mesmo táctica, mas sim a cultura do medo, da mediocridade, da arrogância e da incompetência. Deve ser essa que nos está a escapar a todos..

A velha não percebe que ao fazer uma substituição daquelas, está a dizer que está com medo, o que acaba por condicionar não só a própria equipa, como também a equipa adversária. O Rio Ave, que mostrou ser um conjunto ambicioso e com qualidade (à imagem das equipas treinadas por Carlos Brito), mal sentiu o cheiro de sangue, não poupou a sua vítima. Os estragos poderiam ter sido bem maiores.

Para além de ter sido desajustada em termos tácticos, a substituição pecou ao escolher o protagonista errado. Sem brilhar, Karadas vinha sendo o melhor avançado do Benfica, com Sokota a mostrar-se trapalhão, perdulário e sem confiança. O Geovanni nem se viu na segunda parte e o Miguel, claramente inferiorizado do ponto de vista físico, nem da linha do meio campo passou.

Para além de medrosa, a velha é incompetente.

Hoje, a velha diz que a “fadiga causou falta de lucidez”. Partindo do principio que ele não se estava a referir aos jogadores (que não jogam desde sábado passado), só posso aconselhar a que modere a quantidade de exercício físico que anda a praticar, porque já não é um homem novo.

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