quarta-feira, novembro 17, 2004

 

A Lagartagem e a Mediocridade - Uma forma de vida

A mediocridade e falta de carácter tornaram-se, mais que nunca, uma forma de vida dos dirigentes e equipa técnica do Sporting. Não me compreendam mal. Para mim, que desprezo o Sporting, acho óptimo. Só vem legitimar o que se sempre pensei.

Dias da Cunha (o Avô Cantigas), o arauto da luta contra o sistema, depois de liderar uma campanha esquizofrénica e cansativa (para nós) contra o sistema, e de nomear sistematicamente o Porco da Costa e o Valentão Loureiro como os rostos do sistema, subitamente, numa reviravolta ideológica digna de um Brutus ou Judas, viu a luz – como ganhou ao Boavista – e arrependeu-se da campanha contra o Major, e defende inclusivamente que nunca teve nada de pessoal contra ele e que até tem muita estima pelo mesmo. E quase que verteu lágrimas sentidas ao verificar que o João Loureiro não pode deslocar-se ao estádio de Alvalade. É o mesmo que dizer: ‘este fulano é um ladrão, um gangster e um líder do crime organizado, mas acho-o uma pessoa 5 estrelas e nada disto é pessoal, adoro o homem’. Percebo, apercebeu-se que, estando com eles, não há expulsões nem penalties contra o Sporting. Coerência. A Alzheimer é tramada, faz-nos esquecer de imensa coisa.

O treinador da lagartagem (um Mourinho wanna be, mas sem perceber de futebol) por seu lado, veio confirmar a ideia instalada sobre a sua mediocridade, mesquinhez e falta de carácter ao demonstrar que, além de não saber perder, também não sabe ganhar (o que já é mais normal, não está habituado). Sentindo-se legitimado pela sua vitória, vomitou cá para fora o despeito pelos jornalistas e gente deste país, que apenas tem constatado o óbvio, ao dizer que a equipa deste moço não tem jogado um cagalhão. Mas não, qual ministro da informação do Terceiro Reich, o jovem Peseiro pretendia que a opinião pública, perante as medíocres exibições do Sporting, escamoteasse o que se passava e produzisse críticas e declarações à Ministro da Informação do Iraque, defendendo as exibições da equipa do Sporting e as opções tácticas do seu brilhante treinador.
Este moço que, enquanto andou em Espanha comeu e calou todas as críticas que lhe fizeram, cá acha-se o presidente da Junta e o seu ego insuflável vomita fel sobre quem lhe faz críticas (justíssimas). Ainda no outro dia, perante a proximidade das câmaras num treino na Academia, esticou ao máximo o vocabulário alternativo português. Se não sabe aguentar a pressão e se não sabe viver numa conjuntura democrática e de liberdade de expressão, e apenas pretende que se diga bem dele, vá para algum país obscuro da África profunda treinar a selecção de um qualquer déspota. Se calhar foi assim que atingiu o epíteto de melhor aluno da turma. Sempre que tinha más notas obrigava os professores a queimar os testes, ou a proferir afirmações elogiosas. Cada teste que fazia era uma resposta cabal. Acresce o facto de que, quem no fim de praticamente todos os jogos que efectuou dizia que o Sporting tinha dado uma resposta cabal a todos os seus críticos, perde qualquer legitimidade para tecer considerações sobre a qualidade das exibições da sua equipa, ou qualquer ambição de ser levado a sério.
Este tipo de indivíduos mal-formados e ressabiados normalmente tem o que merece, e um fim consentâneo com a sua qualidade. Estejamos atentos ao seu discurso.

Por fim, o Pilinha marcou um golo. É caso para dizer que este Pilinha tem dificuldades de erecção. Terá tomado Viagra?
Marcou o 6º golo frente ao Boavista e tornou-se capa de todos os jornais. ‘Abençoado por Deus’, dizia uma capa. Imagino se estivesse amaldiçoado.

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