sexta-feira, março 04, 2005

 

E o Prémio ‘Burro da Semana’ vai para...

Luís Campos, vulgo o Anão Atómico.


Até podia ser o prémio 'Burro do Ano', mas enfim. Verdade seja dita, o homem prima pela coerência. Com ele, sabemos que uma equipa (ou duas – no fundo, depende do número de equipas que ele treine por época) vai sempre parar à II Liga.
Se bem que seja compreensível que em 50 cm de homem haja pouco espaço para albergar um cérebro com as dimensões mínimas para um raciocínio capaz, o Anão (e perdoem-me os anões se os estou a ofender) Atómico ontem esteve particularmente néscio. Como diz o Record (e bem, o que é claramente uma variação): ‘Os jogadores de Luís Campos não gostam de guardar a bola, correm que se fartam e ontem deixaram-se levar no equívoco do seu treinador: jogaram no limite do fora-de-jogo. Um suicídio que Campos tentou emendar no segundo tempo...’. Meus caros, um suicídio não se emenda. Ou já viram alguém, depois de um suicídio, comentar ‘epá, não fiquei muito satisfeito com este suicídio. Vamos lá emendar isto’?. Normalmente, depois de um suicídio já não se consegue falar (embora depois de ouvir o Dias da Cunha, fique sempre com a sensação de que, afinal, os mortos falam).

O pobre homem diz também que “Os meus jogadores dizem que há fora-de-jogo no lance do golo". Ah, bom, se eles dizem, é porque deve haver. Dou os meus parabéns ao Beira-Mar por providenciar condições aos jogadores para carregarem aparelhos de TV individuais nos jogos, de modo a melhor ajuizarem os lances. O futebol a quem pertence. Ora bem. Isso mesmo. Quem sabe são os jogadores, não o fiscal de linha ou quem tem aparelhos de TV e pôde ver o lance do ângulo correcto. Não, os jogadores. Está certo. E como diz ‘os jogadores’, no plural, trata-se, portanto, do grosso dos jogadores da equipa que, coincidentemente, se encontravam todos num ângulo de visão perfeito para ver o lance, junto do fiscal de linha, e não espalhados lá para a frente, dispostos como uma equipa no relvado. Isto também diz muito sobre as capacidades do jovem treinador.

Diz ainda que ‘Não quero culpar apenas o árbitro, mas ele é um pesadelo para nós’. Se não quer, não culpe. É o mesmo que chegar a um restaurante e dizer ’ eu não quero dizer mal deste bife, mas está uma bela merda’ ou num julgamento de um homicídio dizer ‘eu não quero culpar este indíviduo, mas ele é que é o assassino’.

Acrescenta que: ‘No lance com o Nuno Gomes saltei e aterrei por cima dele. Vamos pensar na SuperLiga.'
Ora bem, o que ele quererá dizer com isto é tão enigmático como o Beto saber vestir-se sozinho ou a Carolina Salgado não ter doenças venéreas. Saltou e aterrou por cima do Nuno Gomes? O homem, no seu delírio mental, pensará que esteve em campo, e a fazer salto à vara? É bom que pense na Superliga, de facto, enquanto pode. Mais uns jogos e tem de começar a pensar na II Liga.

O brilhante técnico afirma que :’ Fomos impedidos de continuar na Taça de Portugal’. Pois foram. Pela outra equipa, que marcou um golo e eles não marcaram nenhum. Não é assim que funciona? As equipas dele normalmente também são impedidas de ficar na Superliga. Confirma-se, o homem é, acima de tudo, coerente.

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