terça-feira, março 15, 2005

 

Elementar, meu caro Porco da Costa

'"Apito Dourado: Pinto da Costa quer anular escutas"
O advogado de Jorge Nuno Pinto da Costa já entregou no Tribunal da Relação do Porto um recurso cujo objectivo é conseguir a anulação das escutas telefónicas que visam o presidente do FC Porto e que o indiciaram de dois crimes de corrupção desportiva activa, dois crimes de tráfico de influência na forma activa e um crime de falsificação de documento.

A tese da defesa aponta para o facto de Pinto da Costa não ter sido uma das pessoas investigadas, resultando as escutas de mandados pendentes sobre terceiros. Os indícios de tal resultantes são, desse modo, considerados obra do acaso. O processo já foi sorteado na Relação do Porto.' (in A Bola)

Este moço está tão habituado a anular golos dos adversários que acha que pode anular tudo o que lhe aparecer à frente.

Esta estratégia de defesa é, no mínimo, revolucionária. Ficamos, portanto, a saber que segundo a defesa do Porco da Costa, se um criminoso for descoberto ‘sem querer’, através da associação a outros criminosos, não conta. Percebe-se. O homem está habituado a 25 anos de imposição de regras da sua autoria nos relvados deste país. Entre as quais as célebres ‘se um defesa derrubar ou fizer falta sobre o adversário na grande área, trata-se de grande penalidade, a não ser que se trate de um defesa do FC Porco. Nesse caso, é falta do adversário’ e ‘se um jogador atentar contra a integridade física de outro jogador, sem bola, a situação é considerada agressão. Se o primeiro jogador for do FC Porco, trata-se, invariavelmente, de falta sobre este'.

Este tipo de argumentação da defesa do Porco da Costa seria responsável não só por ataques histéricos e de riso convulsivo da Agatha Christie e do Sir Arthur Conan Doyle no Além, mas também pelo absoluto colapso da literatura policial a nível mundial e pela ruína das investigações policiais e julgamentos de criminosos pelo mundo fora. O Porco da Costa é um visionário. Por exemplo, só ele é que viu o interesse na Carolina Salgado.

Sherlock Holmes: ‘Hah! Elementar, meu caro Watson. Como vê, a minha investigação permite concluir que o verdadeiro assassino é o Mr. Hargreaves e não a pobre Ms. Winterbottom, injustamente acusada pela polícia!’
Watson: ‘Sim, meu caro, mas descobriu por acaso, ou a razão pela qual fez a investigação foi justamente desmascarar o Mr. Hargreaves?’
Sherlock Holmes: ‘bom…quer dizer....suspeitava de algumas pessoas, mas....’
Watson: ‘AH! Não era o seu principal suspeito desde o início? Como descobriu os indícios que levaram a considerar o Hargreaves como suspeito?’
Sherlock Holmes: ‘Er....eu.....estava a analisar os fios de tecido deixados no local do crime...e...reparei que... não eram da Ms. Winterbottom...’
Watson: ‘Patético, caro Sherlock. Isso não será sustentável em nenhum tribunal’
Sherlock Holmes: ‘Mas....mas....eu descobri o assassino!! O assassino é o Hargreaves!!’
Watson: ’Mas foi sem querer’
Sherlock Holmes: ‘Foi ele que matou o pobre do Lambert! Ele tem que pagar por isso!!’
Watson: ’Suspeitasse dele desde o início’
Sherlock Holmes: ‘Mas...mas...’
Watson: ‘Azar’.

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