segunda-feira, março 21, 2005

 

A águia voa

O Glorioso no Sábado não ganhou apenas mais um jogo. Não. Ganhou uma batalha contra uma equipa que jogou nos limites da violência física, de modo a intimidar os jogadores do Benfica desde o início, sem dúvida motivada por prémios de jogo oferecidos pela Cosa Nostra liderada por Porco da Costa e companhia. Têm dúvidas? Eu não tenho. O mais esforçado neste campo foi, naturalmente, essa besta que dá pelo nome de Bruno Moraes, assalariado do FC Porco, e que jogou como se fosse o último jogo que fosse jogar na vida, tendo conseguido lesionar o Petit aos 2 minutos de jogo.
O Glorioso ganhou também uma batalha contra um árbitro que sabia muito bem o que andava a fazer, e que deixou os jogadores do Vit. Setúbal fazer o seu espectáculo de kick boxing com a maior desfaçatez, coibindo-se de mostrar quaisquer cartões a estes, justamente na altura em que a violência era mais evidente. A mensagem do árbitro para os jogadores do Benfica era clara: ‘o Setúbal pode dar a porrada que quiser e vocês, à primeira que fizerem, levam cartão’. A melhor maneira de enclausurar o jogo de uma equipa, de a espartilhar, é – Porco da Costa e os árbitros assalariados sabem-no muito bem – passar esta mensagem. A de que não podem fazer nada, e a outra equipa pode fazer tudo. Restringe-lhe os movimentos. Amputa-lhe a clarividência.
Acontece que estamos em período de ‘apito dourado’, e determinadas coisas que numa outra época passariam em claro com a maior das naturalidades, e com a conivência de árbitros e observadores, opinião pública e jornalistas, já não passam com tanta facilidade. Porco da Costa teve azar. O lance de Veríssimo foi tão evidente que o pobre árbitro nada podia fazer, sob pena de ser investigado pela PJ no âmbito do processo. Teve de seguir a lei. Houve que expulsar o Veríssimo. Isso, não o impediu, no entanto, de – no uso do maior poder discricionário que a amplitude das suas atribuições lhe confere para outras situações de jogo – roubar um penalty ao Benfica (que – por muito que elaborem e teorizem alguns fiéis ao Porco da Costa na comunicação social – é penalty aqui e em qualquer parte do mundo), atribuir um cartão amarelo vergonhoso ao Ricardo Rocha (na esperança que isso contribua para um castigo seu em breve), nem sequer marcar falta a um empurrão assassino do Manuel José ao Simão (que o levou a embater nos painéis publicitários), fazer vista grossa a uma cotovelada do Sandro ao Bruno Aguiar e, em geral, ser cúmplice no jogo violento que o Setúbal fez no início do jogo.
Por tudo isto, a vitória teve ainda maior significado. Os jogadores do Glorioso, sofrendo ainda o revés da lesão de Petit, souberam ter carácter e capacidade de ultrapassar tudo e todos. Aos jogadores e a Trapattoni, os parabéns. A águia voa. E nas suas asas repousa a nossa esperança.

Viva o Benfica!

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