quarta-feira, março 16, 2005

 

O Barulho dos Inocentes

Mais uma prova de como a lagartagem é patética (como se fosse preciso...).



’ (...)O presidente leonino afirmou, ainda, que a equipa não tem sido prejudicada, mas alertou para alegados benefícios a terceiros. “O Sporting já perdeu campeonatos por ser deliberadamente prejudicado. Não é o que tem acontecido esta época. Este ano, em alguns jogos, tem havido algumas ajudas a outros clubes, com tempos de prolongamento excepcionais e golos obtidos nessas circunstâncias”, rematou’ (in Record)



‘Em declarações à Renascença, Paulo de Andrade refere-se à entrevista concedida à SportTv pelo líder benfiquista esclarecendo que apenas fez uso do direito à indignação quando disse que os adversários do Sporting estavam a ser levados ao colo na actual SuperLiga’ (in A Bola)

Ora bem. Como não conseguiram descortinar nenhuma ocasião em que tenham sido prejudicados (simplesmente porque não o foram), apesar de isso não os ter impedido noutras ocasiões, inventam uma história em que os outros é que são beneficiados.
A lagartagem é patética, desonesta e enfadonha. A culpa nunca é deles. Há sempre uma conspiração multiplanetária para tramar o Sporting. Segundo estes bigorrilhas estarolas, a culpa da equipa não ganhar nunca é da própria equipa. Não. Que ideia estapafúrdia! Não, senhor. No way, Ray. Nah. Não, não, não.
É dos árbitros, que beneficiam as outras equipas. E é do relvado, é das bancadas, é do tipo de adubante usado no terreno, é das condições meteorológicas, é do alinhamento dos astros, é da acústica dos estádios, é do primo do irmão da tia do avô do enteado do afilhado do árbitro (que já foi visto a celebrar golos do Benfica), é da senhora da limpeza responsável pelos balneários visitantes de todos os estádios onde jogam (que espalha o vírus do pé-de-atleta pelo chão), é do ligeiro desfiar do atacador da bota esquerda do moço que falhou o golo, é do jovem na 5ª fila a contar do fim que espirrou quando o moço do Sporting rematou, é da praga que atingiu a cultura do repolho na Papua Nova Guiné (e que afectou psicologicamente os vegetais na equipa do Sporting), é da forma como o Frango do Montijo lavou freneticamente os dentes no dia do jogo - irritando o proeminente sinal labial, é da maneira como o barulho da dentadura do Avô Cantigas permanentemente a cair pelas bancadas abaixo desconcentra o MAUC, é da forma como o MAUC faz lembrar um hamster em coma alcoólico e o efeito que isso tem na concentração dos jogadores, é da forma como a senhora que vende as castanhas no carrinho à saída do estádio as coloca uma a uma no cartucho, em vez de todas ao mesmo tempo.

Vejam lá bem, se calhar a culpa é de um qualquer camponês no Estados Federados da Micronésia que se peidou para o lado errado durante a noite.

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