quinta-feira, abril 28, 2005

 

Motivação transcendental

O jovem Carlos Carvalhal, treinador dos pastéis de Belém, apela, segundo a imprensa, à ‘transcendência’ dos seus jogadores no confronto com o Glorioso. Vamos ter, portanto, mais um arraial de porrada nos jogadores do Benfica.
É particularmente curioso que se apele à transcendência especificamente no jogo contra o Benfica. Eu julgaria que uma equipa bem coordenada e estruturada não necessitaria de se transcender para jogar o seu futebol ou que, partindo do princípio que existe de facto a necessidade de se transcender - por brio profissional e para justificar os salários, o deveriam fazer em todos os jogos, de modo a garantir a melhor classificação possível, e não apenas - e particularmente - no jogo contra o Benfica. Não me lembro de o ouvir a apelar à ‘transcendência’ dos seus jogadores contra a lagartagem ou contra o FC Porco (talvez porque também são clubes pequenos – é uma explicação).
Isto demonstra que o Benfica é o alvo a abater. É o adversário contra quem todos os adversários têm de se ‘transcender’. Quero acreditar que isto se deve à grandeza e poderio do Glorioso, e do que significa para uma equipa mais pequena fazer-lhe frente, e não a motivações obscuras e incentivos extraordinários. Quero acreditar, mas não acredito.
Como já aqui disse, vai-se fazer o possível e o impossível para impedir o Benfica de ser campeão. Mesmo que isso signifique a mais completa e absoluta ‘transcendência’ de todas as equipas.
É o Benfica contra o resto do mundo. O problema é que, mesmo assim, o resto do mundo precisa de ajuda.

Aguardemos.

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