quarta-feira, abril 13, 2005

 

O cheiro não engana

Conta-me quem tem lido nos últimos dias (eu não, que honro o auto-imposto boicote) o papel higiénico Record (que nem sequer de folha dupla é), que o núcleo duro (duro também entendido como burro) do referido pasquim entrou em pânico e começou a esbracejar desesperadamente, como quem é sufocado. Ele é artigos de opinião na senda da ‘madalena ofendida’, ele é colunas inflamadas, ele é manifestos demagógicos de defesa da ‘liberdade de expressão’ e na onda do ‘não nos podem calar’.
Esta parafernália de movimentações estratégicas por parte da redacção (pouco) pensante resulta do facto do núcleo burro ter percebido que 6 milhões é um número muito grande, e que extrapolando para o número de leitores que têm, se calhar isso significa uma percentagem esmagadora de leitores do glorioso. Já lhes deve estar a doer.
O Bernardo Ribeiro até já deve estar a começar a pensar duas vezes antes de ir para a redacção de cachecol verde, ou em deixar de assobiar o hino da lagartagem quando está a escrever os baldes de diarreia que escreve.
A verdade é que merda disfarçada continua a ser merda, porque o cheiro a denuncia. Eu cá, quando passo perto de retretes públicas ou esgotos, cheira-me sempre a Record.

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