terça-feira, abril 19, 2005

 

Ser pequeno

Ser pequeno é ganhar ao Moreirense e cantar ‘E quem não salta é lampião’ e ‘Em cada lampião há um cabrão’. Ser pequeno é ganhar ao FC Porco e a música mais cantada ser ‘Em cada lampião há um cabrão’. Ser pequeno é ser tacanho, é ser de um clube triste, cinzento e diminuto, que vive na sombra de um grande. Ser pequeno é viver obcecado com o fantasma do Glorioso, é ter a alma pequena e mirrada, e nas vitórias do seu próprio clube só pensar noutro, maior. É não ter uma alma imensa, uma chama intensa, e invejar quem tem. É nunca apreciar, na verdade, as poucas vitórias do seu clube, mas vivê-las em função do ódio a um outro, majestoso e omnipresente, clube. Triste o fado de quem teve o infortúnio e fatalidade de ser do Sportem, a quem o destino, cruel e impiedoso, atraiçoou e amaldiçoou a existência com um rancor visceral, implacável e podre.

Isto já nem sequer nos provoca a nós, que somos do maior clube do Mundo, raiva, indignação ou fúria, mas sim tristeza e consternação.
É por isso que, ganhem o que ganharem, seremos sempre nós os vencedores. Sempre. SEMPRE! Porque somos do Benfica, do Glorioso, do maior clube do Mundo, e isso nos chega – isso enche-nos a alma. Quando marcamos golos, quando ganhamos, o nosso canto é de louvor ao Benfica, é de amor ao clube, e nunca de despeito a outrém. O Estádio da Luz, nos momentos de vitória, canta pelo Glorioso SLB, e nunca, NUNCA, olha para o lado.

Ser pequeno é ser triste. É ser do Sportem, e não ver mais do que o Benfica à frente. Mas percebe-se: o Benfica é do tamanho do Universo.

|

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?