sexta-feira, junho 17, 2005
Cool
O Benfica está a fazer uma pré-época cool.
Outros clubes mais pequenos, que estão na falência, enfrentam um corropio de saídas de dirigentes (‘deixa-me mas é cá sair antes que isto dê definitivamente o berro’) em rota de colisão com outros dirigentes, declarações diárias de jogadores ansiosos por se livrarem da pequenez e mediocridade do clube (a que não é alheia a recorrente situação de 3 meses de salários em atraso), recados de dirigentes pseudo-dignos a esses jogadores quanto a cuidados com partes da sua anatomia, dispensa de jogadores históricos sem o mínimo de dignidade (o que faz sentido, dado que o clube dos ‘elevados valores morais’, na verdade, se comporta como um bordel), declarações dos jogadores dispensados a dar conta dessa mesma mediocridade e falta de carácter dos dirigentes, recados diários de dirigentes ressabiados para outros dirigentes ressabiados, incapacidade para comprar sequer o jogador mais inapto da III divisão do campeonato da Micronésia, revelações sobre o verdadeiro carácter de alguns dos seus jogadores (o Frango do Montijo desmascarado por Paulo Paraty) e o espectro da bancarrota sobre a mais ínfima acção diária, como limpar o traseiro (imagino que até o papel higiénico esteja racionado, no Alvalixo).
O Benfica, por seu lado, prepara a próxima época num estilo cool. Com o treinador e a equipa técnica já estruturada (Grande, Grande Chalana), transpira uma imagem de grande tranquilidade e rigor. E, acima de tudo, confiança na capacidade organizativa.
Na mais tranquila das disposições, o Benfica trata das contratações no devido sigilo, alheio ao circo e dança de nomes da Comunicação Social, habituada a essa parafernália de expedientes para, ancorada na grandeza do Glorioso, fazer pela vida e vender jornais.
Os jogadores que cá estão, cientes da grandeza do clube (e com os salários rigorosamente pagos ao dia – quantos clubes poderão dizer isto?), manifestam o desejo de ficar, os dispensados despedem-se com dignidade, o novo cartão de sócio é vendido em bom ritmo, o planeamento da pré-época faz-se sem sobressaltos e agendam-se jogos com o campeão inglês, tudo sob uma aura de entendimento e harmonia própria de quem tem uma noção clara do caminho a seguir e sabe o que está a fazer, sem pressões.
Tudo muito tranquilo. Tudo muito cool.
SOMOS CAMPEÕES - 31º CAMPEONATO NACIONAL
Outros clubes mais pequenos, que estão na falência, enfrentam um corropio de saídas de dirigentes (‘deixa-me mas é cá sair antes que isto dê definitivamente o berro’) em rota de colisão com outros dirigentes, declarações diárias de jogadores ansiosos por se livrarem da pequenez e mediocridade do clube (a que não é alheia a recorrente situação de 3 meses de salários em atraso), recados de dirigentes pseudo-dignos a esses jogadores quanto a cuidados com partes da sua anatomia, dispensa de jogadores históricos sem o mínimo de dignidade (o que faz sentido, dado que o clube dos ‘elevados valores morais’, na verdade, se comporta como um bordel), declarações dos jogadores dispensados a dar conta dessa mesma mediocridade e falta de carácter dos dirigentes, recados diários de dirigentes ressabiados para outros dirigentes ressabiados, incapacidade para comprar sequer o jogador mais inapto da III divisão do campeonato da Micronésia, revelações sobre o verdadeiro carácter de alguns dos seus jogadores (o Frango do Montijo desmascarado por Paulo Paraty) e o espectro da bancarrota sobre a mais ínfima acção diária, como limpar o traseiro (imagino que até o papel higiénico esteja racionado, no Alvalixo).
O Benfica, por seu lado, prepara a próxima época num estilo cool. Com o treinador e a equipa técnica já estruturada (Grande, Grande Chalana), transpira uma imagem de grande tranquilidade e rigor. E, acima de tudo, confiança na capacidade organizativa.
Na mais tranquila das disposições, o Benfica trata das contratações no devido sigilo, alheio ao circo e dança de nomes da Comunicação Social, habituada a essa parafernália de expedientes para, ancorada na grandeza do Glorioso, fazer pela vida e vender jornais.
Os jogadores que cá estão, cientes da grandeza do clube (e com os salários rigorosamente pagos ao dia – quantos clubes poderão dizer isto?), manifestam o desejo de ficar, os dispensados despedem-se com dignidade, o novo cartão de sócio é vendido em bom ritmo, o planeamento da pré-época faz-se sem sobressaltos e agendam-se jogos com o campeão inglês, tudo sob uma aura de entendimento e harmonia própria de quem tem uma noção clara do caminho a seguir e sabe o que está a fazer, sem pressões.
Tudo muito tranquilo. Tudo muito cool.
SOMOS CAMPEÕES - 31º CAMPEONATO NACIONAL
# posted by Carlos Miguel Silva (Gwaihir) @ 8:52 da manhã 
