segunda-feira, agosto 29, 2005

 

Gil Vicente - Auto da Barca do Anti-jogo

Quero dizer, tenho de dizer, que o que se passou no Sábado no Estádio da Luz foi a prova de que na vida real, ao contrário do cinema, os vilões mais abjectos e amorais podem vencer. O Gil Vicente foi a mais nojenta corja de gatunos e canalhas de que tenho memória ver passar no Estádio da Luz. Com a mais absoluta conivência daquela piada a que resolveram chamar de árbitro, praticaram o anti-jogo mais revoltante, repelente e nojento que tenho memória. O que se passou, meus amigos, no Sábado, foi a vitória da mediocridade e da pequenez, do burlão mesquinho e do ‘chico-esperto’, dos assassinos do futebol, da cambada de dejectos que fazem o futebol em Portugal ser a tristeza e depressão que é.
Orientados por um terrorista anti-futebol (que se acha um mestre táctico, mas que não sofreu uns 4 ou 5 golos porque Satanás o protegeu), recorreram desde o primeiro minuto (desde o primeiro minuto) a uma panóplia dos mais asquerosos estratagemas e ardis para evitar que se jogasse futebol na Luz. Numa combinação nauseabunda de tácticas de queima de tempo e de destruição de futebol, a organização criminosa que acha que é uma equipa de futebol usou de tudo. Desde os largos minutos de reposição de bola em jogo pelo guarda-redes, até à sistemática e cuidadosamente estudada táctica de tratar que fosse sempre o jogador que estivesse mais longe a executar os lançamentos e faltas, pela simulação de lesões e paragens de jogo por vários minutos para tratamento de pseudo-lesionados, passando pela violência usada para com os jogadores adversários, lesionando-os gravemente, o que se passou foi a mais vergonhosa demonstração de como agredir o futebol e de como evitar, usando as mais nojentas tácticas de anti-jogo castradoras do espectáculo, que duas equipas joguem futebol numa partida de futebol.
O mais revoltante e asqueroso de tudo isto é que, depois de terem sido, ainda assim e mesmo com o recursos a todos estes estratagemas, completamente dominados e sofrerem n ocasiões de golo, e de com a mais injusta sorte deste mundo, terem marcado um golo absolutamente injusto, têm a distinta e quase sobrenatural lata e desfaçatez de se gabarem do belo jogo que fizeram e de vomitar (sem se desmancharem de riso, o que é notável) como mereceram a vitória, pelo que fizeram dentro de campo. De, inchados, presunçosos e empertigados, declararem como acreditaram na vitória desde o início.

Dir-me-ão que o Benfica, sendo um grande, e habituado que está à forma como alguns adversários se apresentam na Luz, tem de estar preparado para este tipo de abordagem ao jogo. É verdade.
Mas o que é também verdade é que, apesar de já ter visto muitas tácticas semelhantes usadas na Luz, nunca tinha visto a táctica do anti-jogo usada de modo tão revoltante e tão amoral, e com tamanha benevolência por parte do árbitro, ao ponto de praticamente levar à loucura alguns adeptos. Nunca tinha testemunhado o anti-jogo na sua mais abjecta forma com a mais profunda anuência e aquiescência por parte de quem representa a lei no relvado. Nunca havia visto na sua plenitude o terrorismo anti-futebol.
Foi nojento, asqueroso, repugnante, sórdido, baixo, indecoroso, sujo e ordinário.

Não desesperem. Ergam a cabeça. Olhem em frente. Bastaria ter convertido uma das inúmeras ocasiões, ou não falhar o penalty, e agora Koeman seria um iluminado, elogiado pela coragem da estrutura da equipa na Luz. O que pode um treinador fazer quando os jogadores falham golo atrás de golo, por inépcia ou pela mais absoluta falta de sorte?
Tenhamos calma e fé. Os vilões também não ganham sempre.

VIVA O BENFICA

|

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?