terça-feira, novembro 22, 2005

 

Derrotas justas, porno-chachadas e falsos púdicos

Bom, quanto aos acontecimentos da última semana, tenho a dizer o seguinte.

Parabéns ao Braga. Jogou melhor, mereceu ganhar. Excelente equipa, treinador sério e que merece.
Não me vou desculpar com considerações à arbitragem, porque por um lado considero que os erros acabaram por prejudicar as duas equipas, e por outro lado porque escamoteando essa leitura e tentando justificar a derrota com a arbitragem estaria e enveredar pelo caminho desonesto e imoral da lagartagem. E, convenhamos, ser comparado com um lagarto é o mais baixo que se pode descer. Deixemos a lagartagem prosseguir a sua viagem pela mediocridade moral e sigamos o caminho da verdade e da honra. É nisto que somos, orgulhosamente, diferentes.
Perdemos? Perdemos, pois. E bem. Mas mantemos a dignidade moral e a altivez de espírito. Os grandes são assim.

Ontem, mais uma vez, confirmei que a minha tolerância máxima para suportar o pseudo-programa desportivo da SIC Notícias não chega a 60 segundos. O espectáculo ontem era praticamente o de um desavergonhado e alarve deboche pornográfico. Embalados pelos últimos resultados do Benfica e ostentando uma alegria histérica daí resultante, o criminoso do Guilherme Aguiar (que gosta de se vestir com roupa interior feminina e cantar músicas dos Wham) e o Dias Seboso Ferreira (com a barba mais oleosa que um derrame de um petroleiro no oceano), entre risinhos histéricos de colegiais, trocavam olhares cúmplices e sorrisos atrevidos, provocando orgasmos um ao outro, num jogo erótico que provocava a erupção do produto intestinal. Enfim, não é um espectáculo bonito de se ver, ainda por cima se pensarmos que há crianças que podem mudar para a SIC Notícias sem querer e que o programa não tem bolinha no canto superior direito (e vendo bem, nem bolas há no baixo ventre de cada uma destas colegiais histéricas).

Anda o país dos falsos puritanos e das putas dissimuladas aparentemente escandalizado com o gesto do Nuno Gomes no jogo com o Braga. Conhecendo o Nem, e a forma como passou pelo Nuno Gomes e o provocou depois do golo, parece-me é que o Nuno Gomes exerceu um louvável acto de auto-controle ao apenas sugerir que o inocente jogador se encontrava sob a influência de substâncias alteradoras das suas propriedades psicológicas normais. A mim o que me tinha apetecido era enfiar-lhe uma bota com pitons pela boca dentro e fazer-lhe uma plástica a sangue frio (o, que no fundo, era fazer-lhe um favor).
Quantos de nós, em conversa corrente, e perante atitudes que nos espantam, não dizem ‘este tipo droga-se’?
A atitude do Nuno Gomes provocou um rodopio de reacções escandalizadas, mas curiosamente os mesmos ‘puritanos’ não se escandalizam com o estado da arbitragem, com o Apito Dourado, com as agressões bárbaras de jogadores a colegas de profissão que passam impunes, com ofensas e intimidações a árbitros, com claques compostas por criminosos e elementos de gangues que funcionam como corpo de segurança e elemento de intimidação do Porco da Costa, com anos e anos e anos de cumplicidade criminosa e campeonatos ganhos com viagens pagas ao Brasil, com campeonatos ganhos com 55 penalties inventados, com clubes ‘honestos e de elevados valores morais’ mas que estão falidos, com campanhas de calúnias e mentiras orquestradas para denegrir a imagem de gente esforçada e séria (sem grau académico, é verdade) que trabalha em prol de clubes que cumprem todos os seus compromissos e honram a verdade desportiva.

País de hipócritas e falsos pudicos, mar de putas e gente desonesta.

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