domingo, janeiro 29, 2006

 

Um percalço algo aborrecido


Ontem perdemos, de forma justa, com uma agremiação desportiva de camisolas engraçadas. Fiquei um bocado chateado porque já é a segunda vez (pelo menos) esta época que perdemos pontos em casa com as chamadas equipas pequenas. Fiquei ligeiramente mais chateado com a outra derrota, porque, com o Gil Vicente, além de termos tido um azar descomunal, fomos roubados. Já sabemos que estas equipas pequenas se motivam de forma especial para estes jogos com as equipas grandes (os jogadores, habituados a jogar com assistências de poucos milhares de espectadores, gostam de se mostrar para ver se arranjam contratos em equipas grandes), e que os pontos frente ao Glorioso valem o dobro. É natural, é sempre um feito engraçado ganhar ao maior clube do Mundo. E as melhores equipas do Mundo também têm as suas escorregadelas. Faz parte do jogo, é assim o futebol. Mas 3 pontos são apenas 3 pontos.
Para estas equipas pequenas, de clubes que vivem com dificuldades, isto acaba por ser um momento engraçado, no entanto. Daí terem festejado o arrecadar de 3 pontos como se tivessem ganho um campeonato. No fundo, ganharam qualquer coisita. Um ridículo e patético campeonato, pequeno, feito à sua medida. São as únicas vitórias que conseguem ter. Só assim se percebem as provocações dos jogadores desta equipa pequena ao público do maior clube do Mundo. E só assim se percebe porque é que um pseudo-treinador com ar de retardado mental se colocou em bicos nos pés, na conferência de imprensa, e de forma arrogante e patética foi afagando o seu ego, numa atitude que roçou a masturbação mental. É próprio dos pequenos.

Para nós, que temos outras ambições, temos que nos habituar a ter escorregadelas. Há sempre Gil Vicentes, Sportens e afins que acabam por atrapalhar num caminho maior, mais importante.
Há que corrigir os erros que ressaltam destes jogos menos conseguidos para não nos darmos ao luxo de perder pontos com equipas pequenas.

No final, o nosso treinador admitiu a justiça da derrota e nem num único momento se justificou com a arbitragem, o alinhamento astral ou as taxas de juro. Fosse o treinador outro, de um clube pequeno com camisolas engraçadas, e o discurso seria diferente, pequeno, próprio da sua pequenez. A culpa nunca seria da sua equipa e dele, mas do árbitro, do primo do árbitro, da pressão atmosférica, da cuecas demasiado apertadas de alguns jogadores, que lhe apertavam os tomates.
Foram, portanto, as declarações do nosso treinador uma lição de nobreza e Grandeza. É natural, só dá lições de Grandeza quem pode. Quem é grande, e quem tem a honra de treinar o paradigma da Grandeza. As atitudes mais pequenas ficam para os outros, dos clubes pequenos, como a agremiação de queques de camisolas engraçadas.
Fica-se aborrecido porque se perdem 3 pontos na caminhada para o título, mas enfim, nada de catastrófico. Ganham-se a seguir.

E quando se mantém a nobreza de carácter e a Grandeza não é uma forma melhor, mais sã, de vitória? Quer-me parecer que sim.

VIVA O BENFICA

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