terça-feira, fevereiro 21, 2006

 

Nunca estar sozinho, não morrer nunca


Meus amigos, companheiros, gente que vive com o Benfica na alma,

Ser benfiquista até à morte significa, entre outras coisas, que se acompanha o Benfica nas vitórias, nas derrotas, nos bons e maus momentos, nas alegrias esfuziantes, nas formas de morte anunciada. Não o quereria de outra forma. Hoje, no Estádio da Luz, vou-me equilibrar no ténue fio de esperança que nos separa do abismo. Consciente que, se cair, me levanto, sacudo a poeira da roupa e cantarei que ser do Benfica me envaidece.
Hoje, no Estádio da Luz, no Ninho das Águias, vou gritar até ficar sem voz, até os pulmões me falharem. A minha alma vai dançar entre as camisolas cor de sangue e, por entre as camisolas berrantes - quais papoilas saltitantes - arautos dos nossos sonhos no relvado celestial, vou abençoar o voo da Águia. Ser benfiquista é lutar até ao fim, é morrer com a camisola colada ao corpo, com o emblema cravado na carne – é saber que se deu tudo. Que os jogadores do Benfica, ancorados na garbosa alma imensa da Águia, sejam dignos das camisolas que envergam.
E que saibam que, no fim, nas vitórias ou nas derrotas, nunca estão (nem nunca estarão) sozinhos.

Reparei agora que menti. Não sou benfiquista até morrer. Ser do Benfica é ser imortal. Nunca se está sozinho, não se morre nunca.

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