terça-feira, julho 11, 2006

 

Sissi - o travesti Domenech


No final do jogo com Portugal, o travesti do seleccionador francês - como foi testemunhado por alguns jornalistas portugueses - dirigiu-se aos jogadores portugueses e brindou-os com a seguinte pérola, sintomática da elegância e sensualidade francesas: ‘já vos fodi outra vez’ (peço desculpa pela boçalidade, as palavras são do moço).

O que se retira desta preciosidade comportamental é que o jovem Raymond Domenech, além de me parecer um tipo com uma obsessão pouco saudável por sexo, é trapalhão e terá confundido os jogadores portugueses com o Thuram ou o Gallas, ou com os miúdos que lhe costumam arranjar para fazer festas em casa.

Parece-me, no entanto e face à inestimável contribuição do jovem Raymond para a divulgação da vertente de dança 'new wave gay' nos bancos de suplentes e áreas delimitadas para os treinadores, no mínimo justo fazer aqui uma retrospectiva em forma de homenagem ao seleccionador francês, e tentar perceber o seu percurso e quem é o homem (se bem que chamar-lhe homem é capaz de ser um tudo nada exagerado). No fundo, o que o faz correr – além, claro, de jovens africanos musculados.

Raymond - ou ‘Sissi’, como era conhecido na infância - nasceu em Bichistérique, na França profunda, no seio de uma família de transformistas e decoradores de interiores. ‘Sissi’, segundo consta, foi produto de um acidente absolutamente à margem do planeamento familiar (os pais só tinham sexo sem querer e o tipo de sexo preferido pelo pai não consta que tenha capacidade reprodutiva) de tal forma que, na altura, passou completamente despercebido aos pais (ou às mães, se quisermos ser mais precisos) durante cerca de 3 meses. Quando finalmente deram por ele, a mãe proferiu a célebre frase, exemplificativa do caloroso ambiente familiar: ’quem é que deixou esta porcaria no chão? Quase que tropeçava’.
Já miúdo, as suas tendências sexuais tornaram-se largamente conhecidas pela população de ‘Bichistérique’, que o brindaram com a alcunha de ‘Bollycao’, por gostar de passear pelas ruas com um salame enfiado no rabo. Já nessa altura a obsessão pela inserção de objectos cilíndricos de cor negra no orifício anal antecipava um futuro partilhado com Gallas ou Thuram.
Um dia, confessa ao seu melhor amigo – um tipo chamado Maribélle que, apesar de pesar cerca de 200 kg, saía à rua apenas vestido com roupa interior feminina – que o seu o sonho é tornar-se treinador de futebol de uma equipa com visibilidade, para poder utilizar na zona do treinador os seus dotes de mimo e dançarino com milhares de pessoas a ver. Apesar de tudo, o sonho é algo esquecido em prol do ofício familiar e convence-se que o seu destino reside no domínio da arte do travestismo. Para isso, muito ajudava a o pénis de 1,5 mm, que passava facilmente despercebido nos vestidos apertados com que ‘Sissi’ ganhava a vida. Já na altura, o seu sucesso se devia essencialmente à bizarria do seu aspecto – cabelo grisalho e sobrancelhas espessamente pretas, óculos à pseudo-intelectual, meias de renda pretas e vestido cor-de-rosa de cintura apertada - que atraía toda a sorte de pervertidos aos espectáculos do Cabaret Domenech.

Cansado da monotonia dos espectáculos de travestis em bares decadentes pela França profunda, tenta viajar pelo mundo enviando-se a si mesmo num caixote com a inscrição ‘Frágil’ em viagens intercontinentais, mas numa dessas viagens o caixote extravia-se e vai parar ao Congo profundo, onde ‘Sissi’ permanece 2 anos numa tribo de homossexuais antropófagos com uma obsessão doentia pela asfixia auto-erótica. É aí que Kagandu – como lhe chamavam carinhosamente os indígenas (‘Balde de merda’ em linguagem nativa) – desenvolve uma particular afeição por jovens africanos musculados e por práticas de expansão das paredes anais – vulgo ‘abafar o pepino’. Aprende também a rapar convenientemente fémures e ossos dos pés de indígenas de outras tribos enquanto aperta uma corda à volta do pescoço.
Entretanto resgatado por freiras missionárias (que lhe fazem lembrar a família), ‘Sissi’ volta a França, e entende finalmente a sua natureza na sua plenitude: é rabo, como 98% dos franceses. É um momento chave do seu percurso. Essa constatação atribui-lhe uma fortíssima identidade nacional e transforma-o num patriota exacerbado. Decide ocupar a sua vida ao serviço da Nação.
É também nessa altura que invoca o sonho de infância e descobre no futebol a sua vocação, essencialmente porque percebe que assim terá oportunidade de partilhar o balneário com jovens desportistas e porque - maravilha das maravilhas - constata que o futebol francês está pejado de jovens africanos musculados. É perfeito, como se toda a sua vida o tivesse preparado para aquele momento.
Torna-se treinador de futebol das camadas jovens francesas. O resto, como toda a gente sabe, é história. A graciosidade dos seus movimentos efeminados no banco e o desprendido convívio com os jogadores franceses no balneário são profusamente conhecidos.

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