terça-feira, agosto 22, 2006

 

O porquinho Babe


O Hermínio Loureiro, uma mistura bizarra entre um pinguim e o porquinho Babe, está muito satisfeito porque reuniu o apoio da lagartagem e do Porco da Costa nas eleições para a Liga.
Como nos filmes de gangsters que nos habituámos a ver, as marionetas políticas da Máfia regozijam-se no facto de reunirem uma espécie de consenso podre e conspiratório consubstanciado no apoio por parte do sistema. São apenas fantoches de fachada, veículos através dos quais os verdadeiros ‘donos’ do futebol português controlam os meandros do futebol ao abrigo de uma pseudo-legitimidade institucional, construída para manter as aparências de legalidade.
O facto de reunir o apoio da Avestruz de Alvalade e do Porco da Costa significa que a velha aliança Sportem – FC Porco denunciada há tempos pelo ex-presidente lagarto João Rocha - e congeminada entre o Zé Rocket e o Porco da Costa no sentido de prejudicar o Benfica e garantir a sistemática ida de ambos os clube à Liga dos Campeões - tem um segundo fôlego. O ensaio realizado na época passada correu bem e pretendem, portanto, garantir a sua continuidade. O facto de, à semelhança do antecessor e de alguns dos seus apoiantes, também ele ter às costas investigações e processos sobre desvio de fundos e afins é, no fundo, apenas coerente.

O futebol português é uma espécie de excepção à regra, uma violação da ordem normal das coisas, uma corrupção das leis básicas da história humana. A máxima aplicável a este bizarro fenómeno é a de que ‘o crime compensa’.
No percurso da humanidade, a eras particularmente negras da história seguiram-se fases de desenvolvimento do espírito humano, de catarse, de expiação de pecados, de fantasmas. À Idade das Trevas seguiu-se o Renascimento. No futebol português, a Idade das Trevas é, aparentemente, eterna.

Sai um Loureiro, entra outro. Com a conivência do actual Loureiro (que ficará ainda assim no efectivo controle das coisas, na Assembleia Geral), do Porco da Costa e, claro, dos seus acólitos. Fica tudo na mesma. O Porco da Costa manifestou até efusivamente o seu entusiasmo no apoio ao clone Loureiro (o que, convenhamos, não augura nada de bom para o futuro).
O que se esperaria de um país onde um processo como o Apito Dourado é arquivado e onde os seus arguidos continuam a entender Portugal como o seu campo de recreio privado?
Muito pouco.

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