quarta-feira, agosto 23, 2006

 

Ser Grande


Vale a pena ir ao estádio só para ver o Maestro.
E vê-lo, passado todo este tempo, a marcar um golo de águia ao peito é uma emoção inigualável. Pela classe com que o faz mas, sobretudo, por percebermos que festeja como festejaria um de nós (que apenas podemos ajudar o Benfica das bancadas). Vê-lo é perceber o que é ser benfiquista. Porque, na verdade, as palavras não chegam para explicar o que é esta estranha forma de vida, este estado de alma.

O Rui Costa é, como poucos, um de nós. Sempre o foi, sempre o será. Ser um ídolo não se esgota na manifestação de talento dentro do campo. Tem uma dimensão mais ampla, mais abrangente, mais – se quiserem – humana. O Rui Costa é, não só um génio futebolístico, como também um homem de estatura moral invulgar, humilde e generoso. O protagonismo não é forçado, é lógico, apropriado, óbvio e deriva de uma autoridade natural que o talento e a tal estatura moral constroem e impõem.
E são esses, que são grandes também porque o são como homens, que atingem a imortalidade. És grande, Rui. Muito, muito grande. Como o Benfica.

E nós, a quem nos foi oferecida uma segunda oportunidade de o ver a espalhar magia pelo relvado da Luz, estamos agradecidos.

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