quarta-feira, dezembro 20, 2006

 

As desesperadas teorias do Sabugo - Nos meandros do sado-masoquismo


Um verme rastejante que, quando não está ocupado a copiar livros de outras pessoas e a passá-los por seus, vomita a sua flamejante estupidez numa página de um jornal desportivo, escreveu ontem o pedaço de excremento mais nauseabundo, ofensivo e asqueroso que já conspurcou as páginas deste país do faz de conta, deste paraíso da impunidade, deste putrefacto legado de uma nação outrora honrada e valente.
O que esta larva escreve é um exemplo particularmente demonstrativo da forma como se envenenou a opinião pública ao longo destes negros 25 anos de crime, mentira e corrupção no futebol português. Mas torna-se mais ofensivo e grave porque parte do pressuposto que quem lê o jornal é tão estúpido, Meu Deus, que ainda é vulnerável a tentativas desesperadas, boçais, idiotas e velhacas de branqueamento do mar de mentira e corrupção em que o futebol português navega desde que o Porco da Costa (face aos últimos desenvolvimentos, ando a pensar em mudar-lhe o epíteto para 'Peido da Costa' ou 'Lobo Mau': isto pede uma votação) assumiu o controlo do FC Porco.

O que faz este traste, esta pobre desculpa para um ser humano, este excremento com pernas?
Primeiro associa convenientemente todo o processo do Apito Dourado apenas e só ao jovem Valentim Loureiro (o Porco da Costa, o Reinaldo Reles e os capangas são cirurgicamente omitidos). Depois (isso mesmo, adivinharam) associa o Valentim Loureiro ao Benfica.
Voilá!
Claro. Faz sentido. É isso mesmo. És um gajo inteligente, Miguel Sabugo Tavares. És um génio. És muito bom. És incrivelmente esperto. És inacreditavelmente genial, de forma sublime. És, muito provavelmente, o tipo mais brilhante que já viveu, desde o início da história da humanidade (e, provavelmente, até antes disso). És genialmente brilhante, superlativamente inteligente, inacreditavelmente perspicaz, impossivelmente arguto.

O que nos propões (posso tratar-te por tu? Concedo-me o atrevimento, dado que sinto que já te conheço profundamente – foram já tantas as vezes que te vi no fundo da sanita), Sabugo, é genial na sua bizarria mas diz-nos algo sobre a tua personalidade e vida íntima. O que dizes, pá? O que sugeres?
O que me parece que sugeres, Sabugo, é que o Benfica, que foi a principal vítima dos infindáveis anos de tráfico de influências e corrupção no futebol, que lhe viu serem roubados (de forma descarada, própria de quem sabe que é impune) pontos e pontos e pontos, penalties e faltas; cujos jogadores foram alvo de agressões sem castigo, que viu as suas gentes ameaçadas, os seus dirigentes barbaramente agredidos em estádios porcos de gente porca, que viu os seus jogadores intimidados e impedidos de jogar livremente por equipas de arbitragem compradas; que quem sofreu tudo isto é que é o culpado. O que dizes, Sabugo, é que o Benfica, portanto, achará fantástico, terá um prazer irracional, em infligir sofrimento a si próprio.

Caro Sabugo, que gostes de vestir roupa interior feminina e fazer a depilação nas partes podengas com facas de cozinha mal afiadas enquanto ouves os Pólo Norte; que te deleites em bater desenfreadamente com os cornos contra paredes pejadas de pregos, abraçado a uma fotografia do Manuel Ferrão em tronco nu enquanto trauteias fados do António Pinto Basto; que gostes de ver repetidamente filmes do Ron Howard, ler críticas cinematográficas do João Lopes ou ver os DVDs dos espectáculos do La Féria enquanto espetas garfos de fondue nos tomates; que tenhas bustos do Rui Santos e do Dias Ferreira em casa e gostes de lhes besuntar Óleo Fula nos crescimentos capilares enquanto arrancas as unhas dos pés com alicates enferrujados; que, no fundo, estejas irremediavelmente perdido para os meandros mais obscuros do sado-masoquismo – isso é lá contigo, pá. O que não podes é assumir que toda a gente partilha desses teus interesses.

Uma nota final exemplificativa do argumentário desta criatura.
Que argumento esgrime ainda este infeliz para justificar a inexistência de todos os crimes e tudo o que se sabe que o FC Porco e o Porco da Costa fizeram ao longo da Idade Negra do Futebol português? Prestem atenção, preparem-se (rufar de tambores):

a forma actual da equipa de futebol do FC Porco (tcharam!).

É isso mesmo. O Porco da Costa é inocente porque a equipa de futebol está em forma e a ganhar. Ora aí está. O facto de a equipa do FC Porco estar actualmente (de acordo com a criatura) a jogar bem e a ganhar sem favores de arbitragem (não deve ter visto o primeiro golo contra o Paços de Ferreira, naturalmente) prova de forma inequívoca que o FC Porco não foi beneficiado ao longos das 24 épocas anteriores e que o Porco da Costa é, muito simplesmente, inocente. É a insofismável evidência que o Porco da Costa não pagou favores de árbitros com putas e viagens ao Brasil, não encomendou agressões, não montou uma organização criminosa que levou o FC Porco ao colo durante 25 anos.
Querem que repita? Vou repetir: de acordo com o Miguel Sabugo Tavares, o Porco da Costa é inocente de 25 anos de corrupção e crime porque a equipa de futebol está, a Dezembro do ano da Graça de 2006, em forma e a ganhar. Querem outra vez? Não, já chega. Há um número limitado de vezes para se conseguir escrever o nome dessas duas criaturas sem regurgitar.
A genialidade do Sabugo Tavares é, mais uma vez, evidente. O Prémio Nobel adivinha-se.

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