quinta-feira, abril 12, 2007

 

O penalty, os foras de jogo e o espanhol burro

Pois, o Benfica perdeu dois pontos e tal, atrasámo-nos – quiçá irremediavelmente – na luta pelo título, e tudo isso. Isso está tudo muito bem e é indesmentível.

Ponto prévio: para mim o penalty sobre o Simão em Aveiro existe e qualquer árbitro digno desse nome, sem recurso a monitores de televisão ou medidores térmicos, o marcaria. Se depois, comodamente sentados num sofá, os militantes anti-benfiquistas se entretêm com um comando de vídeo a repetir as imagens umas 250 vezes, para tentar descortinar a intensidade do impacto ou as alegadas fracções de milímetro a que o joelho do jovem do Beira Mar ficou das pernas do Simão, o problema é deles. Não tenho a culpa que não tenham nada melhor para fazer com as suas vidas ou que a sua vida sexual se resuma a tentar retirar o gigantesco melão que têm enfiado no rabo por não serem do Benfica.

Mas neste país de hipócritas e invejosos que controlam a comunicação social desportiva – e tenhamos noção, a imprensa desportiva neste país é um gigantesco pedaço de excremento – o que está em foco nessas reles imitações de jornais não são os inúmeros foras de jogo mal assinalados ou o golo mal anulado ao Benfica, mas sim um golo resultante de um penalty. E vamos ser honestos também nisto: fosse a situação com outro clube e 99% destas prostitutas intelectuais que bradam aos céus a inexistência do penalty marcá-lo-iam sem pestanejar.
Os mesmos que clamam, indignados, que não foi penalty, num lance em que qualquer árbitro honesto deste planeta marcaria penalty, são exactamente os mesmos hipócritas que choram por um penalty de cada de vez que o moço subnutrido do ataque do Sportem mergulha elegantemente para o relvado sempre que sente calor humano no raio de um metro à sua volta. São os mesmíssimos que mantêm um silêncio canalha quanto aos seis foras de jogo escandalosamente mal assinalados ao Benfica em circunstâncias de perigo iminente. São os mesmos que nada dizem quanto ao golo escandalosamente mal anulado ao Benfica no primeiro minuto de jogo. São os mesmos que juram a pés juntos que o golo do Kinder Bueno contra o Nacional, que lhes abriu a porta dos 3 pontos, foi regular. São, todos o sabemos, os mesmos que encontram maior satisfação nas derrotas do Benfica do que nas vitórias do seu próprio clube. São, em suma, a porcaria que infesta e que vai estrangulando o futebol português, e que mata qualquer lampejo de fair play que timidamente venha à superfície. E são os mesmos que têm tempo de antena e meios privilegiados na imprensa para vomitar o seu anti-benfiquismo por este país fora. Enfim. A porcaria fica com a porcaria.

Por falar em porcaria, um animal absolutamente desconhecido que treinava clubes espanhóis dos distritais e que foi colocado como treinador do clube dos ovos moles, parece que se anda a colocar em bicos dos pés a tentar aproveitar o tempo de antena de que toda a gente que joga com o Glorioso acaba inevitavelmente por gozar (porque quando jogou contra a lagartagem ou quando sofreu os golos irregulares contra o FC Porco não o ouvi a falar). São os tais 15 minutos de fama. Diz esta criatura que foi roubada de dois pontos. Pois bem, além de espanhol, é burro (isto é muito capaz de ser um pleonasmo) e nunca aprendeu a fazer contas, o que explica nalguma medida porque é que acaba como treinador do Beira Mar ao invés de ter uma carreira bem sucedida em clubes maiores, sei lá, da terceira divisão espanhola ou até mesmo da segunda. Se ele fizer bem as contas, percebe que o que aconteceu - com o golo que roubaram no primeiro minuto ao Glorioso e com os foras de jogo que mataram jogadas de golo - é que lhe ofereceram um ponto. É pobre e mal agradecido. E burro. Essencialmente burro. Desejo-lhe uma boa viagem até à segunda divisão, e que o Beira Mar por lá fique por muitos e bons anos.

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