quarta-feira, junho 20, 2007
Em defesa do que somos
Vir para o Glorioso sem valor definido e deixar que o clube colocasse no contrato o valor que entendesse é um acto de benfiquismo que muito poucos que não nós (gente cuja alma é vermelha cor de sangue nas vitórias e nas derrotas) entende.
Sacrificar os 2 ou 3 últimos anos de carreira a ganhar exorbitâncias num clube de topo europeu ou num clube das arábias e vir para o clube do coração na convicção que ainda é útil (e é, e como o é), cumprindo um desejo manifestado desde sempre, é um acto de coerência, devoção ao clube e honestidade.
Desde que voltaste a casa que muitos de nós foram ao estádio em alturas de absoluto desencanto tendo como principal motivação o facto de te ver com a camisola cor de sangue e o número que sempre foi teu.
Não te abales, Rui, com a tacanhez de quem não tem o privilégio de perceber o que é isto de Ser Benfica. O Benfica somos nós.
E tu.
E, por isso, tem a certeza que o Benfica está contigo. O resto é folclore.
Sou, tenho-o sido (é amplamente sabido) um defensor acérrimo do admirável esforço que se fez na vertente financeira e na reabilitação e reorganização da estrutura do clube, mas não perco nem por um segundo a noção que o Benfica é acima de tudo – e é isso que o define - um gigantesco e único capital emocional construído ao longo de mais de 100 anos de vitórias e valores. De honra, querer, determinação, justiça. Não se traia nunca o capital emocional que nos define em nome de uma qualquer racionalização fria, despersonalizante e absolutamente estranha ao que somos.
Não posso sequer aceitar que se vislumbre aqui mais um exemplo da ingratidão com que o Benfica tem brindado muitos dos que engrandecem a sua história e que o amam. Não o aceito, não é esse o meu Benfica. O meu Benfica defende os seus - os verdadeiramente seus - até ao fim do Mundo, assim como exige que o defendam até à exaustão dentro do campo. O meu Benfica é íntegro, tem carácter, é coerente, é justo.
E quero acreditar que o Benfica de hoje é o meu Benfica.
Força Rui
Sou, tenho-o sido (é amplamente sabido) um defensor acérrimo do admirável esforço que se fez na vertente financeira e na reabilitação e reorganização da estrutura do clube, mas não perco nem por um segundo a noção que o Benfica é acima de tudo – e é isso que o define - um gigantesco e único capital emocional construído ao longo de mais de 100 anos de vitórias e valores. De honra, querer, determinação, justiça. Não se traia nunca o capital emocional que nos define em nome de uma qualquer racionalização fria, despersonalizante e absolutamente estranha ao que somos.
Não posso sequer aceitar que se vislumbre aqui mais um exemplo da ingratidão com que o Benfica tem brindado muitos dos que engrandecem a sua história e que o amam. Não o aceito, não é esse o meu Benfica. O meu Benfica defende os seus - os verdadeiramente seus - até ao fim do Mundo, assim como exige que o defendam até à exaustão dentro do campo. O meu Benfica é íntegro, tem carácter, é coerente, é justo.
E quero acreditar que o Benfica de hoje é o meu Benfica.
Força Rui