sexta-feira, julho 25, 2008

 

João Pinto


É da mais elementar justiça que deixe aqui umas linhas sobre João Pinto. E, sim, o meu sentido agradecimento.
O João Pinto (sem o Vieira: o outro João Pinto, o dos corruptos, nem merece que se confunda com este) foi o principal protagonista de um dos melhores jogos de futebol que me lembro de ter visto. Um jogo que faz hoje parte da memória colectiva do desporto português e que nos deu um título suado, contra tudo e contra todos. O João foi, na esmagadora maioria das vezes que envergou a camisola cor de sangue, o melhor jogador do Benfica, e numa altura em que o Benfica mergulhou nas trevas e por lá navegou durante anos, muitas vezes o único que a mereceu envergar.
Enquanto foi jogador do Benfica (e só o deixou de ser porque um criminoso sem escrúpulos que se aproveitou do Benfica o empurrou de lá para fora), honrou aquela camisola como poucos e liderou, como capitão, a equipa semana após semana, contra hordas e hordas de corruptos de costas quentes, protegidos por galões, fruta e viagens ao Brasil. Foi capitão do Benfica numa altura em que a conjuntura foi a mais difícil de sempre, mas nunca virou a cara à luta e foi durante muito tempo, não só a nossa principal fonte de esperança mas também a principal razão para se ver jogos do Glorioso. Não me esqueço disso. Não me quero esquecer disso.
Foi durante 8 anos o símbolo do Benfica e defendeu garbosamente as nossas cores. O que fez a seguir não me importa.

O Benfica não deve ter memória curta e não deve renegar o seu passado, de que o João Pinto faz parte indissociável.

Obrigado João.


p.s. e já agora, obrigadinho pelas galhetas no Paulinho Santos.

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