quinta-feira, outubro 30, 2008

 

Quem diz o que pensa a mais não é obrigado. Ou qualquer coisa do género.

Parece que a lagartagem espumou (imagino o uso de adjectivos como ‘cocó’ e ‘possidónio’, à boa maneira da quecalhada) com a entrevista que o João Moutinho (nada menos que o capitão do conjunto de moços a que chamam, passo a citar: ‘equipa’) deu à revista masculina GQ, em que se percebe um desejo latente de jogar no Glorioso.
Honestamente, não percebo qual é a surpresa. Todos os jogadores querem sair dos clubes pequenos e ir jogar para um clube grande. Neste caso, para o Maior Clube do Mundo. É natural.
Há, no entanto, aqui uma dúvida que me assalta (é o que se chama de ‘doubtjacking’): tendo a entrevista sido publicada na revista ‘masculina’ GQ, como terá a turba réptil tido conhecimento da conversa? Haverá cross-selling entre a Elle, a Playgirl e a GQ? Ou há, tipo, um lagarto que informa todos os outros do que vai lendo nas revistas para homens?

Adiante.
É com o Glorioso que sonha (ao invés do Rochembolha, que sonha com quantidades industriais de bifes a cavalo e feijoadas, ou do moço do Veloso, que sonha com o Cláudio Ramos), e isso percebe-se muito bem, mas também acho que nesta altura até para a Associação Recreativa do Marmeleiro o rapaz sairia. Convenhamos, qualquer indivíduo com o mínimo de dignidade tenta fugir depois de lhe enfiarem uma juba pela fronha abaixo num bizarro anúncio que parece um cartaz promocional à versão gay do Feiticeiro de Oz.

Neste momento há outra dúvida que me assalta (acho que é a mesma de há bocado, que me lembro da arma branca que ela brande): pode a versão original do Feiticeiro de Oz ser considerada uma versão straight?

Não?

Bem me parecia.

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